Amigos...
A vida de new-mother não é fácil...tempinho livre é artigo de luxo, apesar de estar sendo auxiliada por toda a familia e principalmente por Ubirtan...
Desde já agradeço as felicitações, as visitas, mas gostaria de pedir que as visitas em minha casa fiquem para semana que vem. Estamos em momento de adaptação e é um pouco cansativo...
Teremos grande satisfação em receber todo mundo!
:)
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Visitinhas!
"O amor se constroi"...
No dia da saída da maternidade é muito esquisito. A sensação despreparo para enfrentar aquilo é desesperadora, saber que você é 100% responsável por um ser que precisa de 100% da sua atenção, 24h do seu dia...
Chegamos em casa e eu não me sentia legal...estranho demais, uma vontade de sair correndo, de chorar...a tal depressão pós-parto...o puerpério... Minha mãe estava qui, me deu todo o apoio, assim como minha sogra, marido, e sogrão e minha irmã...Ai como é bom sentir que ainda posso ser cuidada também em vez só de cuidar...rsrsrsrs...
De fato todas as mulheres que troquei figurinhas relataram as mesmas experiencias..."Você vai se sentir um ser de outro planeta", "Sua vida vai para durante um mês", "É esquisito com o marido"...E foi bem assim, e vai ser ainda por um bom tempo, então logo coloquei em prática uma estratégia para que um simples sentimento comum não vire uma depressão de fato: FALAR!
A noite logo chorei e falei para marido que estava me sentindo assim...outra coisa que estava louca para fazer era escrever aqui. Escrever para mim sempre foi uma forma de desabafar, em silencio, discretamente, intimamente, como meu jeito de ser. Então mais uma função para este blog...colocar para fora!!!
De todo esse alvoroço de sentimentos, os que me chamaram mais atenção foram:
1) Como já não amo tanto minha filha?- Conversando com minha tia falei isso, se era assim mesmo, se ela já amou desesperadamente assim que viu meus primos, e ela com toda aquela sinceriade seca admirosa me confortou e disse que de jeito nenhum. Ufa! Foi um alívio...Olha para Valentina e pergunto ela saiu de mim? É mesmo minha? Mas o amor é assim mesmo, acredito que se contrói aos poucos. Com as experiências, boas e más, com a convivência, com a troca de olhares, com a cumplicidade. Com o meu sersinho não vai ser diferente, os dias vão nos aproximar e tudo vai ser natural... ;)
2) Perdi meu lugar de mulher para meu marido?- Essa é a mais louca sensação que achei...muito louca mesmo. Você fica achando que ela não te enxerga mais como mulher, seu corpo está esquisito, e as atenções do marido agora estão todas na bebê. Mas opa! As minhas também estão...então tudo certo. A mudança no cotidiano da casa e da relação homem-mulher ficam realmente abaladas. A rotina que era nós dois, agora é pura Valentina. Os beijos na cama, a troca de carícias o dia todo, por enquanto agora já não tem vez...Mas é tudo normal...kkkkkkkkkk...logo logo quando estivermos todos em sintonia as coisas tornam a seu lugar comum...
I HOPE! ;)
Leite de 0% a 100%...
Logo veio ao mundo e lá estava meu bichinho sofrendo. Não produzi leite logo após o parto, o que é normal até 72. Normal, normal, porém angustiante...Minha esfomiadinha chorando e eu sem nada para oferecer e saciar sua fome.
Para abrandar o desespero do bebê o hospital oferece um complemento alimentar, mas que para Valentina não era suficiente. O que tinha que ser feito era o estimulo da sucção do meu baby, que sem querer me gabar é perfeita, muita reza brava, "calma", alguns remeidinhos naturais made in Dona Alessandra (algodeiro e outro lá) e persistência....
O leite desceu em abundância no terceiro dia, e a minha felicidade era tanta que parecia a mesma emoção do parto...Doer doi, até o seio se acostumar com as chupadinhas e ficar forte, mas a sensação de amamentar é indescritível...Aquela carinha linda, chupando com uma fome danada...chupa mesmo meu bebê, chupa que é teu! ;)
Que tu virias numa mãnha de domingo...
27 de setembro de 2009, 7h40 da manhã e ainda estava dormindo quando senti uma vontade louca de fazer aquele xixi, mas não deu nem tempo de pensar que eu já tinha molhado a cama...Pensei, que horror, só me faltava essa fazer xixi na cama.
Bobinha eu...parei por mais dois segundos e pensei a bolsa estourou! Maridoooo acorda que a bolsa estourou, liga para a médica. Não tem jeito, por mais que se tente ser a pessoa mais calma do mundo, ler centenas de páginas de livros de gravidez, bebês, chafurdar sites, na hora H bate aquele desespero.
Mas de fato não é para ser assim, o problema é que andei lendo que se sai um liquido verde na hora que a bolsa estourar é porque o baby esta em sofrimento. Fiquei muito sugestionada com essa leitura e lá estava eu aperriando todo mundo. O tal líquido verde, uma gosminha, que juro que vi verde, era o tampão, uma coisa que é de fato a tampa da bolsa, ou algo assim.
Corremos para o hospital e no caminho ligando para os avós, primeiro para Vô Heri, Vó Alessandra e Vô Alberoni e Vó Nevinha, depois para a minha tia querida, Cláudia. Recebi ligações intuitivas de Renata no meio do caminho...rsrsrsrs
1) Quando chegamos lá foi bem coisa de filme americano. Eu com uma toalha no meio das pernas, o carinha da maca correndo comigo pelos corredores e mil coisas passando pela minha cabeça...o mais marcante foi o medo. Nunca arranquei um dente e lá estava eu partindo para uma cirurgia, quando o sonho era ter um parto normal.
2) Chegando no bloco cirurgico meu maridão teve que pegar uma roupa para assistir o parto e eu fiquei lá só. Eu e Valentina estreamos o dia do plantão médico. Estava tudo apagado, desligado, sem ninguem. Fiquei lá com o coração na mão (pra nao dizer outra coisa mais feia) sentada em uma cama, sosinha.
3) Minha mãe invadiu o bloco e lá estava ela às lágrimas desejando boa sorte. Marido chegou logo, mas um logo que na minha cabeça foi uma eternidade, depois e fui me "acalmando", tomando coragem.
4)Na sala de cirurgia tudo muito tenso. Eu sou alérgica e os cuidados com a cirurgia são dobrados. Te sedam e as coisas parecem que não estão acontecendo com você. É uma espécie de semi-consciencia, via os vultos, os médicos falando comigo, perguntando se eu estava bem, olhava o rosto do meu marido...Tive uma vontade louca de vomitar, mas a tal RAQ (aquela anestesia que se dá na coluna) não doi, diria que doi menos que um exame de sangue.
5) E é tudo muito rápido... Você começa a ficar dormente e já sente aquele povo todo remechendo. "Vem ver papai, vem ver que ela vai nascer, vem logo"... e lá estava o choro da minha Valentina...forte, rasgando aquele climão e fomos as lágrimas.."Ela é uma danada amor", falou marido...é inevitável o choro dos três...mas nao sei explicar o que é realmente aquele choro...felicidade, medo, dúvidas, concretização de um sonho de nove meses de luta pela vida...
6) Assim que tiraram ela vieram me mostrar, chorando demais, assim que encostaram ela em mim ela parou e desejei boas vindas ao meu bebê. Ela colocou a mãosinha em minha boca. Com extinto animal lambi literalmente minha cria, aquela mão nos meus lábios e chupei todos os dedinhos...afinal naquelas condições meus lábios eram a extensão dos meus braços e era neles que eu queria que ela estivesse!
7) Apaguei e só passei o dia dopadona. Escutando mil conversas de pessoas que estavam no quarto.
8) Umas 12h meu baby chegou, toda de rosa. A roupa que eu achava que ia ficar pequena estava certinha. Era uma menina linda, grandona, gorduchinha, brabona, com mil cabelinhos pretos e muito lisos. Não me lembro bem, mas sei que ela estava chorando desde que saiu de perto de mim e quando nos reencontramos ela se acalmou e dormimos.
sábado, 26 de setembro de 2009
A condição aliviar...
Sabadão e hoje mais calma que ontem. Com o tal exame de toque da consulta Valentina ficou chateada e passou o resto do dia provocando dores na mamãe, mas dormi pesado e quando acordei estava tudo no mesmo lugar e na paz da tranquilidade.
A idéia do dia foi receber muita gente em casa (verdade, minha casa está um caos, todo mundo querendo saber notícias, me ver, futucar o quartinho de Valentina...). Recebi a visita de pai, mãe, irmãsinha e minhas amigas...Sempre gostei de cantos calmos, introspectivos, mas nesse momento de nervosismo é bom ver gente, gente falante, que aí acabo esquecendo.
Aproveitei também o dia para me entopir de comida, refrigerantes, doces e comer uma pizza fora, além de namorar um pouquinho meu maridão e jogar conversa fora. A outra ordem do dia foi dormir muiiito, coisinhas que vou passar um tempo sem poder fazer com tanta frequencia ou excessivamente...
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Agora vai...
Pronto! A espera se findou e agora tenho informações concretas para disseminar quando Valentina vem ao mundo! Fui a última consulta da longa caminhada de 9 meses e como ela se configura em uma etapa de avaliação, principalmente para quem deseja ter um parto normal, mas algumas surpresas me surgiram...
Como tive um pequeno probleminha com o líquido diminuído, que se manteve nos últimos meses de gestação no limite, sendo acompanhado por exames todas as semanas, banhos de imersão, repouso e muita água, a minha placenta não apresentou a maturidade que venha a aguentar um parto normal. A falta de líquido suficiente pode causar sofrimento no bebê no trabalho de parto (TP) já que exije muito da mãe e do pequeno sersinho com as tais contrações.
Outra coisa que fez descartar a possibilidade do parto normal foi a avaliação da minha bacia, mulheres de quadris largos, como o meu, não são via de regra boas parideiras (rsrsrsrs). A obstetra observou através do exame de toque (que comento jajá como é o tal) que o canal é estreito e que a mão dela passava com certa dificuldade, imagina uma linda cabecinha de cerca de 30cm?
Além do líquido e da bacia, outra coisa também contribuiu para a decisão. Valentina desde que se entendeu por gente se alojou com as costinhas na parte direita da minha barriga, ficando de lado até hoje. O Ideal, para um trabalho de parto rápido, dentro dos padrões de sofrimento da criança, é que ela estivesse localizada do lado esquerdo, assim na hora ela virava de costas e lá se ia...
Então, após longa conversa ficou decidido para o bem estar do bebê que o parto vai ser uma cesárea. Lógico que quem projeta um objetivo e quando vem uma dessas fica-se chateado, mas a finalidade de ser mãe é fazer o melhor para o filho sempre...então vamos lá...
O tal toque e um dedo de dilatação- Toda mulher já ouviu falar nisso e temeeee...e tremeeee...Mas confesso que é rápido, mas é dolorido. Ao longo da gestção fiz só dois toques: o primeiro bem basicão, normal, mas esse de hoje foi ruim.
Bem, a situação já é bem tensa. Aquela mesa ginecológica, os pré-julgamentos de que é uma coisa dolorida, nada ajuda...A médica bota uma luva, passa aquela velha vaselina, e assim vão dois dedos e logo os cinco estão dentro de você. A tal mão verifica tudo, ossos da bacia (eu senti), mexe para lá, e já fala das costas do bebê, mexe para cá, pega na cabeça, roda, gira e por fim sai carregando um pouco de sangue, o que é normal.
A notícia é que estou com um dedo de dilatação já...o que explica as dores leves que venho sentindo essa semana toda e ela, a obstetra, queria marcar para hoje a noite! Calma...vamos com calma que assim você me deixa nervosa (rsrsrsrs)...Com essa historia do dedo estamos em alerta para qualquer sinal e vou ficar em contato com ela o fim de semana inteiro. No entanto está agendado o parto para segunda-feira, 28 de setembro de 2009, no Hospital da Unimed.
Agora vai!!! Então que venha a minha Valentina!!!
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Calma, são falsas...
No turbilhão da gravidez, chego aos nove meses e as quase 40 semanas. Para os leigos e mais desavisados significa que se espera o bebê (preguiçoso) vir de forma natural até a 42ª semana de gestação, ou seja, está beeemmmm perto do dia D (ou seria V?).
O que acontece é o que tudo te assusta, mas nada de fato é o tal trabalho de parto. Nesse momento o bebe parece que vem treinando e planejando sem muita pressa a sua chegada ao mundo. Você sente algumas dores, que não chegam a ser cólicas, junto com contrações, que não tem regularidade, e o bebesinho empurra a cabeça no canal por onde vai sair, causando quase que beliscões lá por baixo.
De fato não estou tão ansiosa, venho me mantenho calma desde que descobri a gravidez. Parece que me deram uma injeção de "deixa a vida me levar" e "então, vamos ver na prática". Continuo sim trabalhando o que deve contribuir para ocupar minha mente e não pensar tanto no assunto PARTO, já que é o tema que permeia desde o sono até as conversas alheias na fila de supermercado.
Optei pela forma natural da minha Valentina vir ao mundo e isso muito choca as personas alheias, o que vez ou outra me deixa bamba, mas sou mocinha e logo me recomponho. É engraçado ouvir como acham normal ter cesárea, a inversão total dos valores, que a profundo culmina no puro procedimento cirúrgico de se ter um filho. Parabéns para a medicina obstétrica pela evolução do parto cesárea, mas mulheres por favor encarem ele como uma opção de segurança para a sua saúde e para a do bebê, quando necessário.
A minha obstetra, Lutgardh Medeiros, me parece ser uma cerarista, aquela que tem tendendcias a te levar para um parto cesárea, mas não desisto até o fim e ela já começou a ver que não tem como me convencer (rsrsrsrs). Não existe ninguem que tire da cabeça que a cesárea programada é uma melhor opação para quem teve uma gravidez sem problemas, tranquila e saudável.
Por isso queridos colegas, quando perguntarem "Para quando vai ser Valentina?" possivelmente você vai ouvir (ou ler) um sonoro "Não sei...Para quando ela quiser vir ao mundo". ;)
Bem vinda ao mundo digital...
Decidi...vai ser através de um blog que irei contar para todos o que anda acontecendo na vida de uma nova mamãe. Sentimentos, emoções, dores, sono, dia-a-dia, choro, novas experiências e muita paixão e encantamento.
A decisão surgiu do momento em que várias amigas (do peito mesmo) saíram em busca de seus sonhos e umas foram morar fora do país, outras voltaram para seu estado de origem e as aquelas que permaneceram aqui mas que no corre-corre do dia acabamos pouco nos vendo ou mesmo nos falando. Vale também ressaltar a distancia da minha familia e as dicas gerais que servem para todas as mamães de primeira viagem.
A Valentina é a primeira neta, sobrinha, filha, o primeiro bebê a pintar na turma, e com esse diário, além de fofocar sobre o meu dia, vou poder aproximar as pessoas distantes dela e de mim, desse momento tão legal que esta acontecendo em minha humilde vida!
Outra forte pretensão com o blog é de torna-lo um diário. Se antigamente minha mãe escrevia no meu albúm do primeiro ano do bebê, hoje a filha dela escreve para a neta nas linhas do circuito digital da amostragem do ser, mesmo que ele seja um pitoquinho!
Então por isso aguardem as novas postagens!