E repentinamente senti saudade de estar registrando aqui e confesso que me assustei em saber que desde o primeiro semestre de 2010 não escrevo uma letrinha sobre coisas entre meu baby e eu.
Deixei de registrar a emoção das palavrinhas, dos passinhos, da traumática festa de 1 aninho, mas enfim...
Com o passar dos tempos, ver ela crescendo, significa uma teia de relações que se ampliam para um universo cada vez mais complexo. Começo a lidar com coisa séria. Educação, decepções, aperreio pela falta de apetite. Antes eram só fraldas sujas, mamadas, chupeta, sono e calor.
Estou de volta e usarei sempre esse espaço para compartilhar minhas dúvidas, angústias, felicidades de cada dia...
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
De volta a ativa
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Minha (s) primeira (s) queda (s)
Um baby normal teria sua mãe registrando em seu diário a primeira queda e só, somente só. Mas Valentina é Valentina. Exagerada, intensa, em excesso. Não é que a danadinha resolveu fazer suas primeiras quedas em um só dia?
Cheguei do trabalho e o pai foi logo avisando: “Hoje ela caiu da cama viu?”. Todo ressabiado achava que de alguma forma eu iria reclamar, mas já estava preparada e até estranhando a demora do baby por sua primeira esbarrada no chão. Tranquila só perguntei como foi e o que ele tinha feito.
Não achando suficiente, quando fiquei com ela a noite, fui preparar o leite enquanto ela ficou no acolchoado que temos na sala reservado para o baby passar as tardes brincando. Da cozinha escutei aquele barulho de cabeça no chão, corri e lá estava ela estatelada. Tão danada que só deu três chorinhos e tudo ok!
Coloquei ela novamente no centro e lá fui eu terminar o leite e uns 10 segundos depois mais um barulhão. Lá estava a danada novamente fora do colchão, mais um dois choros e dessa vez sai correndo para a pia passar água gelada (reza a lenda que faz bem).
Depois dos três episódios me convenci que definitivamente não dá mais para tirar a vista da gorducha. Não há coração de mãe que aguente tanto tombo de uma vez só!
domingo, 25 de abril de 2010
Bebê boa de garfo
Desde que Valentina se entende por gente ela demonstrou uma disposição maravilhosa para os prazeres do bom garfo. Sempre olhou com muito apreço os pratos e panelas de quando a família se reunia para tomar café, almoçar e jantar. Para mim, que sempre adorei cozinhar, essa fase do baby era uma das mais esperadas.
A idéia de poder preparar com todo o carinho sua comidinha, fazer parte da descoberta dela pelo mundo dos sabores me encheu de entusiasmo. Começamos a maratona da apresentação dos alimentos com sucos de frutas como a mimo e logo após liberadas a goiaba, laranja normal, acerola, além de maça e banana amassadinhas.
Nessas primeiras tentativas a frustração foi inevitável. Achei que pela vontade que ela demonstrava ela ia devorar tudo de primeira. A pitchulinha cuspia tudo, dava show quando colocava suquinho na mamadeira, quase vomitava com as frutinhas amassadas, enfim, um verdadeiro caos implantado na hora da alimentação. Conversando com mães criadas disseram que era assim, que era necessário insistir.
Assim fiz. Insisti, insisti, insisti. E nada! Mais de um mês de tentativas e acabei me convencendo que tinha que tomar uma medida para que o baby comesse algo mais recheado de vitaminas, proteínas e todas aquelas coisas que fazem bem. Pesquisei como iniciar a introdução de alimentos e mãos a obra.
O conselho é começar com papinhas que usem um tipo de legumes ou tubérculo, um tipo de folha, sal, cebola, alho e óleo de girassol ou azeite de oliva, tudo isso cozido em panela de ágata e levemente passado no liquidificador (que fiquem pedaços) para que estimule a mastigação do baby. A primeira papinha que dei foi de cenoura e alface e ela simplesmente adorou! Um verdadeiro alívio para quem batalhava uma alimentação extra mamadeiras de leite.
Após duas semanas nesse esquema, já comecei a misturar mais de uma folha e legumes, incrementar os temperos, adicionando pimentão, cebolinha, coentro e tomate, além de macarrão e arroz. Introduzidas as papinhas, já que são salgadas, comecei a oferecer um suco para lavar a goela e não é que ela aceitou? Gosta muito dos sabores ácidos (limão e acerola) e dos bem doces que adoço com açúcar demerara (que não tem exofre).
A baby vem comendo também pão, biscoito maisena, frutas cortadinhas, feijão-verde e experimentou até inhoque. Agora aguardo mais duas semana e já começarei a introduzir carne vermelha, frango, fígado bovino, ovos, além de mingaus, papas de aveia. Vale também ressaltar que Valentina adora aqueles potinhos da Nestlê, mas só uso eles quando vamos sair, já que são bem práticos.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Voltamos com a corda toda
segunda-feira, 8 de março de 2010
Práticas e inteligência
Todos os amigos e familiares sempre estão alerta no repasse de qualquer conteúdo relacionado com o mundo dos filhos. Certa vez minha mãe trouxe uma edição antiga de uma dessas revistas de grande circulação nacional (não sei se Veja ou Época) que continha uma matéria especial apresentando uma pesquisa onde era revelado que mulheres que eram mães possuíam um maior nível de inteligência emocional e maior aptidão para resolver conflitos de forma mais prática.
È fato que sempre fui uma pessoa bem prática. Sempre fui uma boa articuladora e a minha cuca é desde tempos remotos bem habilitada para receber inúmeras atividades e saber dar conta de todas (ou pelo menos a maior parte delas). Para quem não sabe tive um início de adolescência bem conturbado com a chegada de um bebê em nossas vidas (minha irmã Bruna), inúmeros problemas financeiros e por fim a separação dos meus pais.
Não preciso nem comentar o quanto os dois entraram em parafusos, pois separação sempre é uma coisa complicada, e desde aí eu, por ser a filha mais velha, tive que assumir um papel duro para aquela idade: o de administrar e amarrar todos os lados dessa grande confusão, que era a minha família, e isso tudo bem na época em que eu era quem era para dar os pitís de aborrecente.
Sofrimento teve (e muitos, mas sofrimento mesmo é passar fome!), mas hoje agradeço pelas experiências que passei e sei que elas me deixaram muito mais fortes para a adaptação a essa minha nova vida que se descortina a cada dia trazendo zilhões de novidades. Ter um filho não é fácil. Ter um filho, um marido, uma casa, um trabalho, uma família, muitos amigos, um cachorro, além de estudar, imaginem que é bem mais!
A minha vida parece um verdadeiro jogo de encaixes. Se desejo ir ali comprar um desodorante isso exige de mim uma capacidade enorme de em um milésimo de segundo articular todo um plano de quem vai ficar com o baby enquanto estiver ausente, de pensar se ela vai ter fome no momento, de deixar tudo preparado, de encontrar o melhor caminho para não pegar tanto trânsito, de rever se realmente é só aquilo que necessita no supermercado, de que no caminho eu posso aproveitar o sinal vermelho e marcar o salão da semana, qual o melhor cartão para pagar a compra e por aí vai...
Diante de tudo isso, os dias vão se passando nessa loucura frenética, e vai um, vem outro e o cérebro feminino vai se acostumando em pensar em teia. Pois aí está a porção onde a mulher-mãe desenvolve a sua praticidade. Com tantos pormenores a se resolver, se a gente for se apegar as coisas muito pequenas, ou subjetivar a cor do burro, o mundo perde o controle (se é que nós temos isso). As atividades e os acontecimentos da vida quando se tem um filho exigem ações rápidas, pá-pum, e num piscar de olhos o baby se engasga e você tem que dar um tapão para ele colocar pra fora o que estava sufocando.
Emotions- Já no campo da inteligência emocional nunca fui uma das melhores alunas. No entanto, tive e estou tendo a oportunidade de desenvolver essas aptidões e venho apostando nas notas altas. Talvez esse seja um dos ensinamentos mais válidos que Valentina vem trazendo na mala dela e já consigo aplicar na prática do meu dia, no trabalho, nas relações entre amigos, com a família, marido.
Com um filho, que começa como um bebê, exercitamos primordialmente a nossa intuição. Como uma pessoinha que não fala, não aponta, não tem expressões faciais é entendida por seus pais? Simples, através do desenvolvimento da intuição deles e da leitura ampla de decodificação dos sentimentos e necessidades (fome, carinho, frio, necessidade de limpeza).
O exercício constante e incessante dessa decodificação sentimental nos dá armas para enfrentar muito melhor o mundão lá fora. Certo tempo atrás tivemos uma briga, eu, minha mãe e minha irmã, e mainha se trancou no quarto bem na hora do almoço chorando aos soluços bem no final de semana onde costumamos sentar juntos à mesa. No a.V (antes de Velentina) certamente eu não estaria nem aí, deixaria ela lá, diria que era frescura, almoçaria e tudo certo, mas naquele momento decifrei imediatamente o que ela estava pedindo: ela queria que alguém desse atenção (mesmo que fosse drama) e a chamasse para comer e pronto, tudo estria bem novamente, na paz. Foi o que fiz, do meu jeito, mas fiz, pedi a Bruna que também o fizesse e as coisas se resolveram sem maiores mágoas (o que é bem difícil quando se trata de lidar com duas mulheres tempestivas).
A inteligência emocional também tem me valido para enfrentar os pormenores do trabalho. Avaliar, perceber, como você tem que lidar com cada ser que está ali no escritório também rende menos dor de cabeça e mais produtividade para todos. Ontem mesmo troquei sorrisos e conversinhas engraçadas com uma criatura que tive um arranca-rabo antes de Valentina nascer. Ali também consegui identificar que a pessoa estava indiretamente dizendo, errei e foi feio o que fiz, então vamos deixar isso para lá? Isso tudo sem esperar a clássica “Desculpas”, que pelo perfil não iria sair nunca e que eu, em tempos de outrora, iria morrer dura, seca e amargurada esperando.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Pula e faz firulas