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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Pula e faz firulas


Há algum tempo adquirimos mais um brinquedo para o hall dos “objetos para distrair, conseguir cansar e canalizar a energia em excesso de Valentina”: o pula sapinho. A invenção, como tudo no mundo, já tem adeptos nos EUA (consumidores compulsivos de tudo que é novidade) e vende seus produtos com o slogan: divertimento para o bebê, sossego para a mamãe.

Quem descobriu essa maravilha foi o pai do baby. Como uma das manias preferidas do papito é buscar coisas e parafernalhas para comprar no mercado livre logo logo ele achou uma coisinha para presentear a filhota. Diversos modelos são oferecidos desde jumpers com estampas de super-heróis até uns personalizados com o nome do baby. Como tudo do pai é permeado de idéias fantásticas do mundo de bob o modelito escolhido por ele foi o que tem o símbolo da Nasa, “ela será o primeiro bebê na lua”, projetou o pai.

O brinquedinho só é indicado para bebês que possam sustentar o peso da própria cabeça (a partir dos quatro meses e até os dois anos, por conta do peso, ou seja 15 kg) e assim seguimos a orientação. Para que funcione o baby também tem que aprender a pular no pula-pula e achávamos, pela pouca idade, que Valentina não iria aprender tão rápido assim. Engano meus caros, subestimamos a capacidade da xurupitinha, em menos de uma semana (claro que isso exigiu uns pulos bem ridículos nossos) a danada aprendeu a pular, e alto! (assista ao vídeo do treinamento aqui!)

Não preciso nem dizer o quanto a pimenta gostou. Cada gargalhada mais gostosa do que a outra e pulos fantásticos de encolher as molas. Ela achou o máximo também a oportunidade de ganhar independência sobre seus próprios pés (mas que ainda deve achar insuficiente porque o pula não se movimenta pelo espaço sideral) e agüenta ficar de boa por pelo menos 20 a 30 minutos saltando.

Também não preciso falar o quanto foi um alívio para o pai e a mamãe. O pula sapinho me garante alguns longos minutos em que posso fazer alguma coisa e servirá como um bom aliado quando formos para a nossa casa nova (por lá já estamos providenciando muitos pontos para a instalação do jumper), além de ser muito divertido ver aquela coisinha saltitando feito uma daidinha.

O pula sapinho é excelente estímulo psicomotor, auxiliando o desenvolvimento da coordenação motora e da musculatura, criando no bebê coragem e autoconfiança, podendo servir também como balanço, canguru e andador. Para os interessados e pais desesperados com a energia incessante dos rebentos adquirimos o brinquedo no site.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Menina das vontades


Quem disse que uma pessoinha de apenas quase cinco meses já não sabe o que quer da vida? Eu sempre soube que minha filhota era cheia dos gostos e desde que estava na barriga sabia reclamar por seus direitos. No entanto, agora a baby vem desenvolvendo uma técnica cheia de charme para convencer a nós fazermos o que ela quer: o tal chorinho de manha.

 Quando o bebê ainda é recém nascido ele até pode chorar de manha, mas é difícil a gente identificar, e também temos que levar em consideração que o pequenininho ainda está se acostumando a ser um ser extra uterino. De acordo com que vai se desenvolvendo, aprendendo com as experiências de causa e conseqüência, a criança desenvolve a capacidade de persuasão, a imbatível e a mais fantástica (na minha humilde opinião) ferramenta infantil para conseguir as coisas que é a manha.

Ultimamente começamos a perceber que Valentina vem desenvolvendo e aperfeiçoando seus artifícios de convencimento. Como todo mundo sabe, a princesa calorenta adora se refrescar na sua piscina e a gente vem chegando num ponto de ter que esconder o tal brinquedo porque se não o baby fica todo animadinho para dar um mergulho.

A xurupita também faz manha quando quer pegar algo que está distante, quando quer comer mais ou até mesmo quando tomamos um brinquedo dela. É uma gracinha, mas de fato é arriscado achar engraçadinho, vai ver que ela toma gosto e faz disso uma alternativa? Filhos, filhos, filhos!     

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Xurupita +4

 



Chegamos a consulta dos quatro meses, que agora não se realizam necessariamente no dia em que o baby completa mesário (essa foi feita dia 09/02), mas ainda temos privilégios de ter uma hora marcada (com os bebê muito pequenos funciona assim). Ela e o papito vieram me buscar no trabalho e de lá fomos felizes para a pediatra.

Valentina já chegou dormindo no meu trabalho. Toda arrumada (de calça listrada de brim), laço verde na cabeça, meias brancas e sapato. Estava, vamos dizer, despretensiosamente arrumada porque um homem arrumando um bebê menina jamais será tão cuidadoso como uma mulher. E foi assim, em sono profundo que ela chegou no consultório.

A médica teve que acordá-la e se surpreendeu com a simpatia do bebê ao despertar. Ela perguntou se ela era sempre assim simpática e eu disse que mais ou menos, mas achava que era porque ela não gostava muito de dormir e adorava quando alguém intercedia no seu sono.

A grande novidade dessa consulta foi o comunicado de que o baby não estava mais comendo no peitinho da mamãe. Expliquei que antes mesmo de voltar ao trabalho já não contava com uma reserva boa de ouro branco e que tanto eu como ela estávamos ficando muito estressadas com tal situação, levando a minha decisão por introduzir o leite artificial. Não levei bronca nenhuma (como imaginava), ela disse que era normal mesmo ir acabando e só indicou o uso do Nam 1 em vez do Similac Advanced que, segundo ela, é um leite para bebês que tem alguma restrição alimentar.  

Outra grande novidade, que confesso estava esperando ansiosamente e Valentina também, é que foi introduzido na dieta da baby um suco de laranja mimo do céu sem água e sem açúcar. A indicação é de oferecer 90 ml, uma vez ao dia, de preferência pela manhã, entre as mamadeiras. Não preciso em comentar que ela não fez nenhuma cara feia ao provar o novo sabor e tomou a mamadeira todinha.

Peso: 6.700g
Altura: 63 cm
P.c: 41 cm  

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Estrela de cinema


Valentina estava na barriga quando já saiu na TV Correio no programa Mulher Demais em uma matéria sobre exercícios na gestação. Agora com 4 meses de vida voltou a ser estrela. Hoje pela manhã eu e ela servimos como personagem para uma matéria da TV Clube (antiga O Norte e afiliada da Band) sobre o período de licença maternidade e a volta ao trabalho. Fomos filmadas no nosso dia a dia, tomando banho, mamadeira, trocando de roupa e tudo mais. A matéria passará no jornal da noite, às 17h50 (tentarei gravar para postar depois no Youtube).
Foi muito legal, pois pude expor minha revolta quanto ao pequeno período que a mulher tem para se dedicar a criança. Falei da tristeza que é voltar ao trabalho, da saudade, da mudança de rotina do bebê, e principalmente da quebra no relacionamento que quando a coisa está ficando prazerosa acaba!
Pude também questionar como é que a Sociedade de Pediatria indica amamentar exclusivamente no peito até os seis meses e a mulher volta ao trabalho aos quatro? Alguma coisa está totalmente errada e chega até ser desumano com mães e filhos. No meu caso, tudo é menos mal porque trabalho só um período, mas sinto dó só de pensar nas mães que ficam ausentes por pelo menos 8h por dia.
Quanto ao comportamento de Valentina foi mais ou menos exemplar. Choromingou um pouquinho no banho, mas logo parou para olhar a câmera. Já na troca de roupa, deu aquele velho escândalo, mas na mamadeira se comportou como uma bonequinha linda.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Saudade e plano de fundo

Completei a primeira semana de volta as atividades no meu trabalho e tudo foi muito tranqüilo para mim, e principalmente para o baby. De fato é comum sentir algum tipo de ansiedade, tristeza e um desejo enorme de virar dona de casa buchuda só para ficar o resto da vida com o baby. Para matar as saudades no meio do expediente colei uma foto linda da bonequinha na primeira página da minha agenda e logo providenciarei para que ela vire a minha proteção de tela e plano de fundo.


Sempre gostei muito de trabalhar e como os bebês são uma antena de captação de sentimentos alheios a tranqüilidade de como encarei esse complicado distanciamento e o bem que me fez voltar a trabalhar refletiu consideravelmente no comportamento dela. Só nesse pequeno período estou mais animada, mais confiante, com vontade de dar o gás e cheia de propostas de mudanças de comportamento para utilizar melhor minha inteligência emocional dentro do ambiente de labore.

Claro que nem tudo são flores. O momento de quando chego e tenho que descer do carro com ela ali me olhando sentada na cadeirinha é de cortar o coração! Dá uma vontade louca de rodar os calcanhares, colocar um pijamão e ficar em casa babando a cria. Sinto também por não poder levá-la a pracinha nos fins de tarde, ocasião para mim que era a mais prazerosa do dia.

Outra mudança grande foi na rotina do baby. Como ela saiu do ambiente em que estava acostumada a passar os dias e como “cada um tem a sua maneira de cuidar do baby” (prefiro não esmiuçar os detalhes dessa afirmativa), os horários da lindinha, que eu me empenhei tanto em organizar, estão completamente bagunçados sem hora para dormir, comer, passear ou tomar banho no período da tarde.

Fora essas passagens não venho notando nenhum comportamento diferente do baby em relação a minha volta ao trabalho. Mas confesso, é muito bom perceber que ela sente saudade de mim. A carinha feliz que faz quando me vê, ou quando chega chorando e ouve minha voz logo se acalmando, que pede para vir para os meus braços e vez ou outra só sossega quando vem para o meu peito chupar não sei o que, mostra exatamente a dimensão do quanto eu sou sim importante e faço falta nas tardes do baby!

Agradeço ao sistema por ser uma pessoa privilegiada e trabalhar somente um turno ficando disponível para a filhota pelas manhãs e pela noite. Agora vale aproveitar o máximo esses momentos e os fins de semana para potencializar a relação entre nós todos. E para curar aquela saudade de meio de expediente tratei logo de colar uma foto bem linda da bonequinha na primeira página da minha agenda 2010, além de ter a cara gorda como plano de fundo do meu celular e computador.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mamadeiras avante!!

Depois de várias batalhas travadas em prol da amamentação no peito venho a cada dia perdendo a guerra para o esvaziamento dos seios. Desde o inicio a amamentação foi algo cheio de altos e baixos para mim porque simplesmente não tinha leite assim que o baby nasceu (foi preciso promessas e remédios naturais), além de alternar entre o excesso e a escassez.

Com quatro meses Valentina só está pegando o peito cerca de duas ou três vezes ao dia seguido por uma mamadeira, e só quando ela está bem tranqüila, sem muita fome. Isso tudo começou mais ou menos aos três meses e meio quando o baby já não mama tanto, porém a quantidade de leite absorvido triplica de volume. Comecei a perceber a irritação dela que travava uma batalha com os bicos, puxava, sugava rápido, chorava de morrer. Não queria me entregar ao uso continuo da mamadeira e batalhei, me estressei, até por vezes entrar em exaustão. Essa briga toda, entre eu, ela e o peito, começou causar arranhões na nossa relação, o ato tinha se tornado algo angustiante!

Para a maioria das mulheres amamentar é complicado e um peso porque muitas, assim como me relataram, tem seus seios rachados, infeccionados e machucados pela sucção dos babies. Comigo não aconteceu tal coisa e sempre foi um prazer ver Valentina engordando cada grama por algo tão legal de saia de dentro de mim! No inicio é uma tarefa árdua estar ali disponível de 30 em 30 minutos, ou de hora em hora, mas quando as mamadas se estabilizam o ato vira a coisa mais sublime que existe na troca entre mamãe e bebê. Por isso tudo, para mim, está sendo especialmente complicado aceitar o desmame sem poder fazer absolutamente nada, sem ter armas para deter o tal inimigo.

Comecei a trabalhar muito bem na minha cabecinha que amamentar por quase 4 meses com alimentação exclusiva no peito é melhor que nunca ter o feito! A gente sente uma incapacidade e um misto de incompetência por não ter o alimento, o melhor para o filho, quando ele deveria estar ali dentro de você! Assim começam as loucuras de mãe: o “que fiz de errado?, eu não presto mesmo!, que merda de mãe sou eu, santa incompetência batman!!!!”. Nesse estágio paro e respiro fundo e repito o mantra: é melhor amamentar por quatro meses do que...bla bla bla.

Mas cá para nós ficar com fome é triste! Deixa a gente de mau humor, irritado, angustiado, e era isso que estava acontecendo com Valentina, um bebezinho tão lindo e indefeso. Entrei em contato com a pediatra e ela, claro, desviou do assunto, disse que podiam ser cólicas. Na verdade o que eles querem é que o baby se mantenha no peito a qualquer custo. Tenho persistência demais nas coisas que faço, sou teimosa, birrenta, mas às vezes é tempo de recuar. Confesso que iniciei o processo da alimentação artificial sem a consulta da pediatra (já que eu sabia exatamente o que ela ia dizer), olhando as dicas da bula da lata de leite e como a xurupita já estava acostumada e não mostrou nenhuma reação vou comunicar a pediatra o uso na próxima consulta!

Hoje, creio que boa parte de todo aqueles choros que venho relatando em tantos posts nesse blog eram em virtude disso. A cabritinha anda bem mais tranqüila, dormindo melhor durante o dia, com os horários mais certos (de barriguinha cheia, chega fica durinha!). De fato perdi aquele ato de amamentar no seio, mas tento sempre dar a mamadeira com a cabeça dela encostada no peito desnudo, fazendo o possível para que seja eu a pessoa dona das mamadeiras!  

Verdades e mentiras sobre amamentação (artificial ou não):

-Percebi que o leite tem muito haver com o psicológico, com o bem estar da mamãe e com a alimentação que se procura ter. Quando tudo isso vai bem vem leite de rodo!

- O volume de leite varia durante o dia e com os dias. No meu caso sempre tive mais leite quando procurava dormir e descansar bem, e especialmente nas madrugadas.

- O bebê arrotando no peito não faz inchar. O problema é que o arroto tem bactérias, assim como a boca do baby, e isso pode provocar a mastite (inflamação nos seios).

- Para quem tem muito leite é bom mesmo evitar dar qualquer tipo de mamadeira para o baby, mesmo que seja com água. A partir do momento que ele vai ficando mais esperto percebe que se ele não sugar no peito (o que cá para nós é um trabalho duro!) tem um plano B para a fome que sai muito mais coisa do buraco.

- É verdade sim que quanto mais o baby suga o leite se mantém. Se o baby não suga a fábrica desativa.

- A natureza para mim sempre é perfeita, no entanto só não entendo como a produção de leite não segue uma escala progressiva e sim regressiva. Quando o baby nasce é leite vazando, mas ele come um pouquinho de cada vez, várias vezes ao dia (a tarde, a noite, nas madrugadas!). Quando vai crescendo e necessitando de muito leite de uma só vez o peito vai diminuindo a produção. Definitivamente não entendo!

- Leite custa caro sim! A lata para lactantes custa em torno dos 20 reais. São cerca de uma a cada duas semanas. Façam as contas e calculem o impacto no orçamento do casal!

- É bom sempre ter um arsenal de mamadeiras em casa. Você nunca sabe quando vai precisar delas!