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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mamadeiras avante!!

Depois de várias batalhas travadas em prol da amamentação no peito venho a cada dia perdendo a guerra para o esvaziamento dos seios. Desde o inicio a amamentação foi algo cheio de altos e baixos para mim porque simplesmente não tinha leite assim que o baby nasceu (foi preciso promessas e remédios naturais), além de alternar entre o excesso e a escassez.

Com quatro meses Valentina só está pegando o peito cerca de duas ou três vezes ao dia seguido por uma mamadeira, e só quando ela está bem tranqüila, sem muita fome. Isso tudo começou mais ou menos aos três meses e meio quando o baby já não mama tanto, porém a quantidade de leite absorvido triplica de volume. Comecei a perceber a irritação dela que travava uma batalha com os bicos, puxava, sugava rápido, chorava de morrer. Não queria me entregar ao uso continuo da mamadeira e batalhei, me estressei, até por vezes entrar em exaustão. Essa briga toda, entre eu, ela e o peito, começou causar arranhões na nossa relação, o ato tinha se tornado algo angustiante!

Para a maioria das mulheres amamentar é complicado e um peso porque muitas, assim como me relataram, tem seus seios rachados, infeccionados e machucados pela sucção dos babies. Comigo não aconteceu tal coisa e sempre foi um prazer ver Valentina engordando cada grama por algo tão legal de saia de dentro de mim! No inicio é uma tarefa árdua estar ali disponível de 30 em 30 minutos, ou de hora em hora, mas quando as mamadas se estabilizam o ato vira a coisa mais sublime que existe na troca entre mamãe e bebê. Por isso tudo, para mim, está sendo especialmente complicado aceitar o desmame sem poder fazer absolutamente nada, sem ter armas para deter o tal inimigo.

Comecei a trabalhar muito bem na minha cabecinha que amamentar por quase 4 meses com alimentação exclusiva no peito é melhor que nunca ter o feito! A gente sente uma incapacidade e um misto de incompetência por não ter o alimento, o melhor para o filho, quando ele deveria estar ali dentro de você! Assim começam as loucuras de mãe: o “que fiz de errado?, eu não presto mesmo!, que merda de mãe sou eu, santa incompetência batman!!!!”. Nesse estágio paro e respiro fundo e repito o mantra: é melhor amamentar por quatro meses do que...bla bla bla.

Mas cá para nós ficar com fome é triste! Deixa a gente de mau humor, irritado, angustiado, e era isso que estava acontecendo com Valentina, um bebezinho tão lindo e indefeso. Entrei em contato com a pediatra e ela, claro, desviou do assunto, disse que podiam ser cólicas. Na verdade o que eles querem é que o baby se mantenha no peito a qualquer custo. Tenho persistência demais nas coisas que faço, sou teimosa, birrenta, mas às vezes é tempo de recuar. Confesso que iniciei o processo da alimentação artificial sem a consulta da pediatra (já que eu sabia exatamente o que ela ia dizer), olhando as dicas da bula da lata de leite e como a xurupita já estava acostumada e não mostrou nenhuma reação vou comunicar a pediatra o uso na próxima consulta!

Hoje, creio que boa parte de todo aqueles choros que venho relatando em tantos posts nesse blog eram em virtude disso. A cabritinha anda bem mais tranqüila, dormindo melhor durante o dia, com os horários mais certos (de barriguinha cheia, chega fica durinha!). De fato perdi aquele ato de amamentar no seio, mas tento sempre dar a mamadeira com a cabeça dela encostada no peito desnudo, fazendo o possível para que seja eu a pessoa dona das mamadeiras!  

Verdades e mentiras sobre amamentação (artificial ou não):

-Percebi que o leite tem muito haver com o psicológico, com o bem estar da mamãe e com a alimentação que se procura ter. Quando tudo isso vai bem vem leite de rodo!

- O volume de leite varia durante o dia e com os dias. No meu caso sempre tive mais leite quando procurava dormir e descansar bem, e especialmente nas madrugadas.

- O bebê arrotando no peito não faz inchar. O problema é que o arroto tem bactérias, assim como a boca do baby, e isso pode provocar a mastite (inflamação nos seios).

- Para quem tem muito leite é bom mesmo evitar dar qualquer tipo de mamadeira para o baby, mesmo que seja com água. A partir do momento que ele vai ficando mais esperto percebe que se ele não sugar no peito (o que cá para nós é um trabalho duro!) tem um plano B para a fome que sai muito mais coisa do buraco.

- É verdade sim que quanto mais o baby suga o leite se mantém. Se o baby não suga a fábrica desativa.

- A natureza para mim sempre é perfeita, no entanto só não entendo como a produção de leite não segue uma escala progressiva e sim regressiva. Quando o baby nasce é leite vazando, mas ele come um pouquinho de cada vez, várias vezes ao dia (a tarde, a noite, nas madrugadas!). Quando vai crescendo e necessitando de muito leite de uma só vez o peito vai diminuindo a produção. Definitivamente não entendo!

- Leite custa caro sim! A lata para lactantes custa em torno dos 20 reais. São cerca de uma a cada duas semanas. Façam as contas e calculem o impacto no orçamento do casal!

- É bom sempre ter um arsenal de mamadeiras em casa. Você nunca sabe quando vai precisar delas!

1 comentários:

Flaviana disse...

Acabo de recolher os "pingos" do peito que não está sendo mamado. Resultado: 50ml. É pouquinho, mas já ajuda a quem não tem nada, ne? . Coleto vários e ligo pro banco de leite vir pegar.
Tomara que eu continue uma leitera até Sofia ta cheia de dentes e ficar muito mais interessada no arroz com feijão.

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