A figura do Vitruvio é um desenho de Leonardo Da Vinci, feito em meados de 1940 e encontrada em seus diários de invenções, onde uma figura masculina desnuda se apresenta separadamente e simultaneamente em duas posições sobrepostas com os braços inscritos num círculo e num quadrado. O famoso rabisco (que você deve ter visto até do Homer Simpson em camisas descoladas) serviu para exemplificar a perfeição das proporções do corpo humano e que se olhando bem no centro, o umbigo do carinha, a figura parece se mexer.
Aulas de Da Vincitismo a parte o que vem me chamando mais atenção nessa figura são exatamente a soma de tantos braços e pernas, uma dupla de cada tipo, pois é exatamente assim que me sinto de vez em quando, como uma vitruviana no sentido figurado da coisa. Cá comigo e pense bem como a mulher moderna (e isso as que são casadas e mães vão entender muito melhor!) tem haver com esse desenho. São tantas as funções que acumulamos desde a queima dos sutiãs que a soma dos membros do vitruvio ficariam poucas para tantas tarefas executadas ao longo do dia.
Com a maternidade esse batente fica bem mais claro. Como estou cuidando de minha Lêle sozinha gostaria que em 75% do meu dia o organizador fosse bem generoso e me fornecesse mais uns pares de membros inferiores e superiores e mais uns dois olhos, para um par relaxar enquanto o outro trabalha. Geralmente a minha ditadora acorda entre as 4h30 e 8h (em ordem do dia ruim ao dia bom) e assim que seus olhinhos se abrem começa o tirinete. Imaginem o que é encher uma banheira de água, enquanto você está com vontade de fazer xixi, o bebê chorando desesperadamente na cama, o leite esquentando no micro-ondas, aproveitando para olhar pelo varal onde está a toalha dela envolvida nesse calor de Jampa? Dá ou não inveja do vitruvio?
Outra questão também é que com o liberalismo feminino deixamos de ser somente mães e viramos profissionais em busca do sucesso e da realização profissional. Com a volta ao trabalho já imagino que as coisas tendem a chegar a exaustão do ser que aqui vos fala! Sem contabilizar ainda a assistência ao maridão (poupe-me dos detalhes!), ao relacionamento com amigos, família, vida social, tudo isso sem esquecer dos cuidados com a beleza (que tanto eu adoro!) e não deixando de lado a essência do ser feminino.
Concluindo toda essa viajem, Da Vinci foi extremamente sábio em colocar membros em uma figura masculina e não numa mocinha. Exatamente correto, pois nós mulheres nascemos sim com uma capacidade enorme de administrar todas essas funções, muitas com mais habilidade e outras com menos, porém com disposição! É meio que um piloto automático e lá vamos nós...Já ouvi da boca de muitas que a gente só é completamente mulher quando se é mãe. E isso é exatamente, veridicamente, comprovadamente correto! Ser mãe é descobrir o quanto você pode sempre mais e mais, com somente só um par de pernas e dois braços.
Ps.: Sexta-feira, dia 27, tem consulta de 2 meses de vida vamos esperar as novidades do peso do baby (que tá um chumbo) e outras notícias!
1 comentários:
É flor... eu já estou entendendo mais ou menos a sua situação, simplesmente porque casei e tenho milhões de tarefas que não tinha antes, imagina depois que o bebê nascer. Nós mulheres somos, realmente, guerreiras.
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