Páginas

sábado, 31 de outubro de 2009

Planos para um futuro...



Já me pego pensando vez ou outra que futuro terá minha filha, ou melhor, qual o mundo de amanhã que a aguarda. Desastres naturais, como vai estar nosso país daqui a 20 anos, emprego, saúde e educação, como andará a violência e qual o nível de interferência e as novidades ainda maiores que as tecnologias causarão na vidinha das pessoas.

Nunca fui das mais otimistas quanto aos dias que virão no nosso planeta terra. Com avisos de estudiosos sobre o clima nada ou mesmo pouco se anda fazendo para pelo menos estagnar o processo de aquecimento global e as agressões ao meio-ambiente (ela mesma já lança cerca de 10 fraldas descartáveis todos os dias). Já para as estatísticas da economia do nosso país as previsões são mais animadoras, um país em crescimento imagina-se que venham dias melhores por aí.

O crescimento da violência indiscriminada é alarmante e particularmente é o que mais me assusta. É um peso muito grande quando começamos a analisar que a responsabilidade é só sua de ter colocado aquele serzinho no mundo e principalmente que você é o responsável por repassar valores morais. A idéia de que a liberdade da minha filha de ir e vir livremente será tolhida por mundo doido me dá arrepios!

No entanto, em meio a esse pessimismo filosófico, essa semana, enquanto amamentava meu baby, aproveitei o tempo do ócio criativo e li uma matéria sobre a história de uma carioca, moradora de um dos morros mais violentos do Rio, que tem dedicado a sua vida a fazer o bem e retirar crianças do universo das drogas. Flordelis já adotou 37 crianças (e tem mais três filhos biológicos) e já conseguiu tirar dezenas de jovens e crianças condenadas pelo tráfico da mira de revolveres de bandidos e traficantes oferecendo sua própria vida em troca.

A linda historia dessa mulher (que virou filme) passa pelos buracos mais nojentos da sociedade: casos de agressão a crianças (uma das crianças foi encontrada no lixo e outra teve as perninhas quebradas pelo pai drogado), o mundo perverso das drogas, a maldade humana. O relato comovente me fez refletir muito e mesmo com toda a tristeza (confesso que quase chorei) vendo ações como essas vêm uma gota de pensamento que para o mundo existe sim uma chance enquanto figuras como essa existirem.

Nunca mais me esqueço de umas palavras que um amigo me disse enquanto discutíamos essa tal responsabilidade de colocar um filho em um mundo cada vez mais louco. Ele me disse que a nossa contribuição era exatamente essa, repassar valores de amor, justiça, compromisso com o ambiente que se vive que só assim espalharíamos as nossas sementes, formando uma corrente do bem e assim quem sabe mudar aos poucos o mundo.

Não sei se minha xurupitinha vai ser uma Flordelis, porque ser assim também é um dom divino, mas estou disposta a repassar o que tenho de melhor e ensiná-la a ser um ser humano cheio de princípios ajudando o planeta a ser um cantinho pelo menos habitável de se viver.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Filha de cigana, ciganinha é...


Com apenas um mês e dois dias de vida meu baby mais uma vez mudou-se de residência. Agora estamos de mala e cuia na casa de minha mãe para passarmos uma temporada até o termino da nossa casa e por fim fixar raízes em um lugar For Ever (assim creio eu). Conseguimos fechar negocio e pegamos em dinheiro vivo o valor do apê o que nos rendeu grana o suficiente para contratar uma empresa para finalizar o nosso sonho de morar em terra firme e perto do mato.
Para falar a verdade isso tudo de mil mudanças é cansativo, porém muito divertido. É nada monótono ficar para lá e para cá (principalmente nesse período de licença que você mal pode sair de casa), começar novamente nova rotina, se adaptar as mudanças, cheia de malas espalhadas pelo chão, aquele caos produtivo. No entanto, como meu primo sempre falou, filhos devem se adaptar a rotina dos pais e não os pais a rotina deles, então que ela comece a aprender isso desde pitoquinho com toda essa bagunça (meio que um tratamento de choque)!
Eu e Bira (como um casal jovem) temos uma vida particularmente andarilha entre as casas de nossos pais e uma vida social cheia de compromissos. Almoço na casa de um, jantar na casa doutro, festinha na casa de amigos, uma saída para um restaurante, um café da manhã em um banco de padaria...Sei que com um filho muita coisa muda e claro que vamos ter que nos adaptar a ela também, mas o nosso ritmo de vida é bem esse, bem corridinho, bem tempos modernos.
Até agora não vi frescurinha por parte de Valentina e o serzinho tão pequenininho já mostra que entendeu bem o espírito da coisa e que tem uma personalidade bem parecida com a dos pais malucos. Tendo as coisinhas dela (carrinho, chupeta e lençóis cheirosos), fraldas limpas e bucho cheio (isso é o mais importante) meu bebê vai até a Marte em um pau de arara feliz e saltitante explorando tudo com aqueles olhos grandes e vivos.
Para os que ainda estão devendo a visita ao baby mais fofo do mundo fiquem sabendo que já estamos por aqui e ficamos até mais ou menos meados de janeiro de 2010. A casa de mainha é aquela velha residência no Treze de Maio (ponto central) com aquele velho sino como campainha. Estamos de portas abertas para receber todos, porque todas as visitas nos fazem super bem.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Valentina na TV

Quando estava com quase 9 meses quase completos fui (aliás, fomos) personagem de uma matéra sobre gestantes e musculação para o programa Mulher Demais da TV Correio, afiliada da Rede Record na Paraíba. A matéria foi exibida ontem, no aniversário do baby, e eis aqui o link para que todos possam assistir!

http://www.portalcorreio.com.br/mulherdemais/matler.asp?newsId=105954

Xurupitinha 1+...




Chegamos ontem, dia 27, a um mês de vida do meu bebê. Que fantástico é acompanhar esse crescimento, principalmente da cumplicidade entre todos. Valentina e eu já estamos bem de boa (de vez em quando bota um olhão atrás de mim, a coisa mais linda!) e ela já começou a tecer sua teia afetiva com muitos da família. Já é louca pelos avós (ao ponto de ficar muito a vontade sem a minha presença por uma tarde inteira), adora o colo da tia Bruna, fica na paz com as cantigas da avô Alessandra, recebe os afagos doidos da prima Sofia e por aí vai!
O meu bichinho continua crescendo e da consulta pelo aniversário de um mês o presente fui eu quem recebi (ela ganhou um bolinho de chocolate da tia, mas certamente não comeu, tadinha). Na verdade dois. Um pela boa notícia que está tudo muito bem com a saúde da xurupitinha ao ponto de ter para dar e vender (chegamos aos 4, 050 kg e 53 cm) e um elogio feito pela pediatra de que sou uma mãesona duca...
No entanto, a consulta de aniversário foi particularmente especial também pela presença da minha mãe que revelou a médica estar muito surpresa com meu desempenho como tal figura materna! Ela falou que ficou de cara com toda minha serenidade já que há um ano o meu discurso era que não ia casar (e casei porque fui forçada pela família, hehehehe) e que para ela ter netos iria ter que esperar pela outra filha.
Na verdade (isso vem como um desabafo positivo) sei bem que surpreendi muita gente e acho muita graça nisso. Pelo meu jeito descolado, rude, desligado, muitos (ou a torcida inteira do flamengo) juravam que a combinação Érica plus Mãe não ia surtir bons efeitos. A coisa era tão braba que ouvi do meu pai, amigas e do meu maridinho coisas como: “Ainda não consigo ver Érica mãe”; “Ela mãe? Realmente não falta ver mais nada nessa vida!”; “Não imagino você sentada amamentando nosso bebê”...
Pois é gentem desculpas por ter colocado abaixo todas as divagações, mas uma das minhas fortes qualidades é a capacidade de surpreender, e surpreender sempre! É o basicão da minha personalidade que tem muito haver com o poder da persistência, de seguir em frente com garra, porque ser mãe é muito isso também, ser forte e ter disposição para as coisas novas da vida que com um bebê nos braços se apresentam a cada 10 segundos!
Mesmo com um relacionamento já estável com o paipai de Valentina quando recebi o resultado positivo de gravidez os planos não tinham mudado, no entanto a situação deveria ser tratada de frente, sem melodramas e como uma coisa positiva. Jamais pensei: “Que merda fiz”...Assumi o papel de mãe e ele pintei com as minhas e melhores cores. O resultado de toda essa brincadeira é isso: um baby lindo, super ativo, cheia de saúde e muito amada por todos.

Feliz Aniversário bebê lindo da mamãe!!!


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Sintonizando vibrações...





Quase um mês depois de ter meu bebê e só agora estou curtindo a fase recém-nascida de Valentina. A mudança na rotina de sua vida é total. Primeiro que eu não estava preparada emocionalmente para parir (engraçado dizer isso já que estava com quase 9 meses completos, mas de fato nunca estamos preparadas!), segundo que tínhamos marcado a cirurgia e a danadinha resolveu romper a bolsa antes do prometido causando uma correria sem precedentes não dando tempo para reflexões e respiração para aliviar a tensão. Por fim, lá estava eu no hospital num estilo drive-thru com um bebê nos braços.

Os primeiros 10, 15 dias são difíceis demais. Vontade de pular de um meio-fio ou, como diria uma amiga, de um pé de coentro. Sempre fui aceleradinha e trabalhei até a sexta-feira antes do parto (ela veio no domingo pela manhã) e no sábado ainda dei uma passeada com o Marido por restaurantes e pela praia. Quando o baby veio ao mundo, pronto acabou-se! Tive que desacelerar.

Trancafiada em casa, com dores horríveis pela cirurgia e sozinha com um bebê nos braços. Com o corpo exausto, o psicológico abalado, o cérebro não parava. Sentia falta da minha rotina antiga de vida, do trabalho, dos restaurantes, dos almoços na casa da sogra, das brincadeiras pesadas com meu cachorro, da praia, dos encontros com meu pai e minha mãe, do namoro com o marido, do computador (graças que tive a brilhante idéia do blog dias antes de parir)...

No entanto (para o alívio geral da nação das futuras mamães), passado esse tempinho do terror, as coisas vem se ajustando cada vez mais. Todos se adaptando a nova rotina e aquelas coisas que me faziam falta agora foram ocupadas por uma sensação de prazer enorme de cuidar do meu bebê hasteando uma bandeira branca na nossa relação que vinha sendo de guerra! De fato é muito trabalhoso, mas se não fosse por conta do sono (ou melhor, a ausência dele por no mínimo 5 horas seguidas) poderia dizer que até me sinto de férias de vez em quando!

Hoje já estou mais calma e menos angustiada, por isso, acredito eu, que agora sim vem de vez a sensação de prazer de ter aquele serzinho aos meus cuidados (cheguei a pensar: meu deus cadê a alegria disso aqui? Só é tormento!). Consigo decifrar bem melhor o que meu bebê deseja (com o auxilio do bubú e do Luftal), com as vacinas dadas já podemos sair com ela para a casa dos avós e parentes, caminhar na praia com o sol frio e até ir a restaurantes menos movimentados.

Traduzindo tudo isso: vida social! Isso é que recarrega as minhas energias. Ver gente, sair ao sol, sentir o vento no rosto, conversar, estar entre amigos, e isso substancialmente fez uma diferença qualitativa enorme na relação mãe e bebê. E cá para nós como filha de peixe, peixinha é, Valentina vem mostrando ser igualzinha a mamãe aqui...Adora uma rua, pessoas conversando, casa de vó, passeios de carro e banho de sol...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Meu paipai...


De fato as meninas da década de 80 não foram criadas para serem mães (pelo menos as do meu circulo de amizades) e do alto da minha juventude transviada a idéia caberia bem diante de uma produção independente, caso não encontrasse o parceiro ideal, muito depois dos 30 e com a carreira profissional no topo. Pois é, do alto da minha juventude porque hoje não mais!

Venho propagando o discurso de que ter filhos é para quem quer muito e principalmente para quem tem um pai igualmente disposto a enfrentar o babado. Na nossa cultura a mulher sempre enfrentou muitas barras, o machismo imperativo, e “liberadas” dessas condições o que eu vejo é que estamos pegando o caminho reverso e encarando algumas posturas muito duras em relação a figura masculina e a importância dela em nossas vidas, como é o papel de pai.

A mídia por muitas vezes afirma essa posição de uma imagem da mulher moderna associada a produção independente e eu mesma tinha em minha mente maluca o devaneio de uma possível estratégia ser auto-suficiente, ser o que eu quisesse. Na verdade a natureza criou o homem e a mulher para serem complementos (tanto que se encaixam um no outro), exemplificado pela cultura chinesa com o yin e o yang (aquele símbolo do hang-loose), que significa a dualidade, o equilíbrio entre o masculino e o feminino.

Desde quando soube que estava grávida os pensamentos de como essa parceria equilibrada entre homem X mulher (pai X mãe) cada vez mais fizeram sentido. A figura masculina se tornou tão essencial para aquele momento que hoje declaro que não teria forças para enfrentar tudo aquilo (e isso de hoje) solamente sola. Pense bem, desde a concepção (que é bem mais gostosa quando feita a dois do que em laboratório) a figura é básica e essencial, como ter camiseta branca no guarda-roupa, calça jeans ou um vestido preto estilo tubinho.

O apoio do meu querido foi muito importante e vem sendo até o momento. Na gravidez, quando a mulher entra com a parte física da coisa (carregar o bebe por nove meses) o homem entra com a parte puramente emocional de apoio. Era ela quem segurava meus cabelos nos momentos de enjôo com uma cara aperriada no espelho do banheiro, era ele quem vivia em restaurantes satisfazendo meus desejos, ele quem acordava às 4h da madrugada para fazer um cuscuz com ovo para matar a minha fome, que colocava travesseiros para me aconchegar com aquela barrigona enorme!

Por isso tudo meninas produção independente para mim é mito! O bom mesmo é tentar esse equilíbrio entre ser sim uma mulher moderna, mas reservando o que há de mais sagrado na mulher que é a docilidade dividindo todos os momentos com um companheiro igualmente disposto a viver a mais pura e doce aventura de ter um filho!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Picadas...

Com 22 dias de nascida e meu bebê levou hoje a primeira da série infinita de vacinas. Na verdade foram duas, uma no bracinho e outra na coxa. A vacinação é feita na rede pública (pelo menos essas duas) e desde semana passada perambulávamos atrás de um local que desse as tais. Pois é, um baby tão novinho e já sujeito ao descaso da saúde pública do nosso glorioso Brasil.

Em um dos postos, o Lactário da Torre, simplesmente a técnica de enfermagem não tinha ido trabalhar (vale ressaltar que era uma sexta a tarde) e no PSF do Bessa por conta de uma falta de energia todas as vacinas tinham sido estragadas e não foram repostas nos bancos. Resultado, uma vacina que era para ser dada nos primeiros dias de vida do neném foi dada depois de três semanas de nascida.

Conseguimos atendimento na Unidade das Praias, em Manaíra, e, apesar da demora no atendimento, fomos bem recebidos pela técnica e por todos os funcionários do local. Ela explicou tudo direitinho, como deveríamos segurar a baby, deu um livrinho que agora é a nova carteirinha de vacinação e aplicou a injeção (que no braço é subcutânea e na coxa vai quase até o osso da perninha) de forma segura e tranqüila ao modo que Valentina nem chorou muito.

Quanto ao ato em si reagi de forma racional (mais uma vez!). Sei que o procedimento é inevitável e que é para o bem da minha filha, por isso não titubeei e fui com garra com Valentina nos meus braços para a picada. Achei engraçado que muitas mães não entram se quer na sala e outras nem vão, mandam a mãe ou a sogra com o pai. Podem dizer que fui fria, mas ser fria pra mim é não está ali com o seu filho em seus braços para acalentá-lo em uma horinha tão difícil para ele.

Geralmente as vacinas dão algum tipo de reação, mas ela não teve nada aparentemente, só ficou um pouco molinha, dormiu bastante, reclamou da dor chata das picadas, mas nada que um bom dia de peito não cure não! A próxima vacina é para o dia 19 de novembro... Tadinha!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Crianças, computadores e bicicletas...


Primeira visita de Valentina a pediatra e eu estava muito ansiosa. Na verdade tudo me causava nervosismo. Aquele ambiente que eu sabia que estaria abarrotado de crianças correndo para todo o lado, mães conversando sobre coisas que, pelo menos até o momento, não me interessam, aquele ambiente social happy que quem me conhece bem sabe que me provoca pavores!!! Para essa situação vale a máxima do meu querido pai: “Não gosto de crianças, só dos meus filhos”...rsrsrsrsrs...

Sim, o ambiente foi esse mesmo. Bebês choromingando (inclusive Valentina) e crianças mais velhinhas correndo e por muitas vezes esbarrando em mim, nas minhas coisas e eu distribuindo sorrisos amarelos para todos. Alguns ficaram enlouquecidos querendo tocar em Valentina e até na hora da troca de fraldas estava cheio de crianças em cima de mim futucando a minha cria. Resultado: logo tratei de me amufumbar em uma sala isolada com meu baby e com meu marido igualmente anti-social. Na verdade, na verdade, acho que essa primeira experiência causou medo pela novidade, estávamos realmente assustados.

Mas tiveram coisas engraçadas. Acreditam que até uma criança bulímica eu conheci? A guria comeu loucamente um saco de batatas, danoninho, suco em caixinha, e quando vi lá estava ela colocando o dedo na goela. “Yasminzinha sempre quando come faz isso”, disse a mãe toda tranquila...Gente, ela precisa de um psicólogo urgente!!! Foi cômico se não fosse trágico!!

Outra coisa que achei interessante é que supunha que médicos pediatras tinham mais respeito com os pacientes pelo motivo de serem crianças e bebezinhos muito pequenos e tal. Engano total. A médica foi chegar com um atraso de 2h30 e quando cheguei fui colocada como 7º lugar! Esperamos a tarde toda e fomos sair só por volta das 17h da tarde.

Já na consulta com Valentina está tuuuudo bem. A danadinha está beirando os 4kg e cresceu 3 cm. Ficamos sabendo também que os choros (aqueles choros que tanto vinham me agoniando) são gases porque o meu mamífero ainda é muito novinho e não sabe controlar a gulodice e fica mamando sem parar e acaba engolindo muito vento, o que causa os tais gases. O bucho fica cheio de vento, porém com pouco leite e logo a fome vem, por isso os choros.

Recebemos elogios pelas caras calmas e a pediatra disse que estamos cumprindo bem com as nossas funções de pais, que palpites e comentários devem ser relevados. Pois é para quem só entendia de computadores e Ubiratan de bicicletas cuidar de um pequeno serzinho não tem sido tão complicado assim (mentira, mentira...KKKKkkkKKK)!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Slingando...



Do arsenal de coisas e coisinhas que comprei para Valentina um dos itens foi o Baby Sling. O apetrecho consiste em uma faixa de pano (100% algodão ou malha) que tem em uma das pontas duas argolas que depois de amarradas e ajustadas levam o bebê dentro como uma cestinha, só que colada ao corpo da mãe.
O tal saquinho, que vem conquistando adeptos em todo o mundo e já virou febre entre papais e mamães do mundo ocidental, nada mais é que uma versão moderna de como tribos africanas e outras sociedades “mais primitivas” carregam seus babies para enfrentar o dia-a-dia da lida, que para eles não para.
Conheci o Sling  através de duas amigas que confortavelmente carregam seus bebês por todo o lado com a tal faixa e hoje resolvi testar o meu. De forma meio que desajeitada fiquei por longos minutos matutando como deveria colocar aquilo (joguei o manual de instruções fora...) e quando ela adormeceu peguei em meus braços e fiz o teste drive.
Ela choromingou no começo ( porque estava dormindo no berço e eu mexi com ela), depois ficou tranquilona, mesmo que meio desajeitada na faixa, pois não sei ao certo se a forma que amarrei era a correta, acho que coloquei do lado errado. Certo ou errado o fato é que Valentina tirou uma boa sonequinha, aliviando a minha barra para escrever esse post! Mas o mais legal do Sling é a possibilidade da mãe está colada com o seu bebê e ter mobilidade para se locomover, com as mãos livres. Adorei!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Choros e choromingos...


Quase 20 dias de nascida e começo agora a reconhecer alguns chorinhos do meu baby. É lógico que o entrosamento entre mãe, filha e papai ainda não está 100%, mas aos poucos estamos conseguindo descodificar as mensagens via choro (e que choro companheiros!).
Passamos três dias infernais essa semana. Mudamos de casa (para que eu pudesse me recuperar melhor da cirurgia, que estava doendo muito), após a demolição de três casas vizinhas a que estávamos voltamos para o nosso apê por conta do barulho e da poeira, mala vai, mala vem. Assim foram esses dias, muito estresse e uma mãe para lá de ansiosa! Resultado: bebê nervoso, pouco leite e para complementar a dose muitas cólicas na pequena barriguinha.
No quesito das dores Valentina choromingou quase dois dias seguidos. Gente, santa incompetência a nossa! A criaturinha berrava, não queria nada e só se calava quando ficava exausta e adormecia. E eu na ignorância dos pais de primeira viagem tacava peito para cima e assim ela agarrava com uma força, fazendo do bico um ato compensatório para aliviar a dor. ( Ainda estou naquela de achar que meu bebê é um etíope e que tudo que ela quer na vida é peito!).
Após a constatação que a barriguinha estava mesmo fazendo uns barulhos estranhos, uma ligação para a pediatra e uma visita da avó materna descobrimos que aquele choro (aquele mesmo, rasgado e forte, que estica e se contorce toda) é mesmo de dor e agonia! A médica mandou dar umas gotinhas de um remédio próprio para gases e ensinou que compressas de fralda esquentadas no ferro de passar aliviam a barriguinha.
Como não gosto de utilizar remédios, a não ser em casos de últimas conseqüências, apelei para colocar o serzinho de bumbum para cima, confortavelmente no nosso travesseiro da Nasa, enquanto papai passava as fraldas, mamãe e vovó faziam massagens e colocavam a compressa.
Não é que deu certo? Após alguns minutos meu anjinho estava dormindo, calma e tranquilamente. Eu fiquei o ser mais feliz do mundo (com uns pensamentos de como sou incompetente de vez em quando e um choro de desabafo, para não desacostumar!) e nossa bebê cochilou até acordar e dar aquela mamada toda satisfeita.
Saindo do choro das cólicas e gases, passamos para o choro que  achamos que deve ser manha ou mesmo de querer ser confortada. O choro vem e quando pegamos ela em nossos braços ele vai. Ai vem de novo e mudamos de posição, e ele vai embora.
Lendo uma matéria especial da Veja sobre recém-nascidos não podemos desconsiderar nenhum choro (e isso eu já fazia), mas se, no entanto tudo está OK, faldas limpas, temperatura agradável, bucho cheio, o que resta é a birra, as vontades e o espaço do colinho. 
Para tal, recebi um recado no meu Orkut (que é por onde as pessoas mais comentam o blog) de uma amiga que se compadeceu com minha situação de desespero. Ela me encaminhou uma matéria sobre um método revolucionário de como acalentar recém-nascidos desenvolvido por um pediatra americano. Assisti bem direitinho e pretendo colocar o passo-a-passo em prática logo logo na tentativa de ser uma mãe cada vez mais descolada e assertiva!
Ps.: Obrigada a todos que estão virtualmente me acompanhando e prestando suas contribuições! Mas ainda escrevo um post dizendo que sei decifrar da A a Z os choros de Valentina. Eu prometo! Rsrsrssrsrs...

sábado, 10 de outubro de 2009

Mudança de estratégia...



Desde quando meu baby nasceu não fui muito com a idéia de que ela usasse chupetas, mas mesmo assim, prevenida que sou, tratei de comprar dois exemplares: um verde e um lilás de um modelo feito especialmente para recém-nascidos. As chupetas para essa fase do baby são bem pequenininhas, se encaixam bem na boca e possuem furos de respiração (apesar de achar o bico muito avantajado).

Sou uma herdeira desse legado de bicos de plástico (chupei até os sete anos) e creio que isso pode ser a causa de alguns problemas respiratórios (especialmente o céu da boca que é muito fundo) e outros na arcada dentária (sim, fiz uso de aparelhos!). No entanto, o uso da chupeta é (como em todas as coisas sobre bebês) controverso por especialistas, médicos, mães, avós e etc. Uns dizem que não é bom, que atrapalha na mamada, outros dizem que não faz mal e que pode ser usado sem restrições para acalmar a criança. Não sabendo em qual corrente me engajar apelei para o bom senso mais uma vez.

Esse finalzinho de semana venho notado minha guria especialmente agitada e chorona, irritada, resmungona. Eliminadas as possibilidades de cólicas, gases, fome e calor, nada fazia o choro cessar, nem os balanços, as caminhadas e os carinhos. Não sabendo mais o que fazer (confesso a incompetência!) apelei para o apetrecho, que claro cumpriu com a sua função.

Valentina se acalmou e por vezes até dormiu com o consolo na boca. Mas notei que no primeiro dia que ela fez o uso do bubú quando dei o peito ela demorou a pegar, como se estivesse estranhando alguma coisa. Desespero total e baixei prontamente uma ordem que chupeta até ela ficar mais velhinha não mais! Porém hoje mais uma vez ela insiste em ficar nervosa e tive que me curvar aquele ser verde de bico de plástico.

Partindo para a análise da situação acho que ela vem ficando nervosa por conta da mudança de casa e de rotina (é difícil estabelecer uma rotina como o bebê e depois alterá-la). Como já tratei em outros posts vim para a casa da minha sogra para poder ficar descansando por conta da cirurgia e a baby notou toda essa alteração, e diria que vem notando a minha angústia em não estar no meu canto como tanto gosto.

Acostumada com o silêncio da minha casa, com a rotina só de papai e mamãe, aqui a casa é quente, tem barulhos infernais de obra o tempo todo e muita gente circulando, além de vovó e vovô terem entrado para o time de colinhos disponíveis. Então, para passarmos essa fase, e que entre mortos e feridos salvem-se todos, chupeta neles,claro com bom senso e nas horas exatas!!!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Alô som testando...


Na maratona de primeiros cuidados com o bebê levamos o nosso para fazer o Teste da Orelhinha hoje, dia 08 de outubro. Para os desavisados o teste nada tem haver com furadas e agulhas, como é o Teste do Pezinho.

A avaliação é feita através de um aparelho que emite alguns sons e ruídos com um pequeno fone que é colocado na orelha do baby. Tudo é indolor e Valentina estava até dormindo na hora e assim permaneceu até chegar na esquina de casa (de lascar!).

Como ela está apenas com 12 dias de nascida a fonaudióloga explicou que as respostas dela ao estimulo foram baixas, mas dentro do normal, porém pediu para que voltássemos daqui a 15 dias para que o laudo fosse fornecido com mais validade. O que atrapalhou na avaliação do teste foram algumas secreções, restos do parto, que ainda não foram expelidos pelo ouvido, o que deve acontecer em breve.

Como mãe descabelada que já sou, bateu logo a preocupação, mas a fono disse que tudo está bem e que é só uma questão de ter certeza e fornecer um resultado mais completo e seguro. Ufas!!!

Enfim, a finalidade do tal teste é a avaliação da audição em recém nascidos, indicada por instituições do mundo todo para diagnóstico precoce de perda auditiva, uma vez que sua incidência, na população geral, é de 1 a 2 casos por 1000 nascidos vivos. Ou seja, o troço é importante, de baixo custo, porém na rede pública de saúde do nosso distinto país ainda não temos, o que poderia afastar de tantas crianças defeitos simples de serem corrigidos.

Já para os bebês que apresentam alguma disfunção é indicado um exame mais avançado, o BERA (esse o baby tem que estar dormindo e não pode se mexer) que vai apresentar o laudo final e conclusivo da intervenção necessária. Com o laudo pode-se fazer o transplante e corrigir com mais eficácia o defeito na infância.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Tchau seu umbigo...

Com 11 dias de nascida Valentina já passou pelo primeiro teste de maturidade. Agora sim é um bebê de vergonha que posso cheirar a barriguinha sem aquela coisa estranha bem no meio atrapalhando. A tal queda do coto umbilical (na linguagem médica) se deu no banho matinal de hoje, dia 07 de outubro de 2009, as 7h! Quando estava tirando a fralda aquela coisa veio junto e caiu no chão do banheiro, e todo mundo comemorou! Uma gracinha!

Guardei o apetrecho para que possamos jogá-lo em cima do telhado da nossa casa nova ou enterrá-lo no quintal. Superstição (e olha que são muitas quando se tem um bebê) ou não, acho que certas coisas fazem sentido pelo menos pela graça e pelo ritual. No dito popular o umbigo traz boa sorte, mas para mim é um símbolo do que foi a minha linha de ligação de vida com Valentina durante o período em que ela estava dentro de mim.

O que restou lá na região ainda precisa ser cuidado da mesma maneira, colocando álcool 70% com um cotonete 3 vezes ao dia até que fique sarado.

Repouso forçado e mudança de lar...


A boa notícia é que fui para a consulta com a obstetra e não havia nada de errado com a cirurgia, apenas um edema no entorno por conta do inchaço do procedimento cirúrgico e dos apertos da cinta. A cicatriz está sequinha sem sinais de infecção (que a médica verificou com umas espremidas beeem doloridas) o que foi um alívio para mim e demais membros da família.
                                              
Mesmo com tudo OK, fui convencida por minha mãe e minha sogra que deveríamos (Eu, Bira e a cria) nos mudarmos para a casa dos pais de Marido. Sempre gostei dos meus cantos, das coisas do meu jeito, da rotina estabelecida por mim, mas a mudança seria uma coisa inevitável de qualquer forma já que estamos com a venda do nosso apê praticamente fechada para que possamos terminarmos a nossa casa e já que é para ser assim que seja logo, o quanto antes.

De certa forma foi uma coisa boa. Ficando aqui não tenho como me remexer muito, fazer estripulias, porque literalmente estou como uma princesa enclausurada na torre do castelo. Fico no 1º andar da casa o tempo todo, do quarto para a sala, do banheiro para o escritório e essencialmente dedicada aos cuidados com Valentina.

Aprendi que na vida tudo vem para mim com muito esforço, apesar de ter muita sorte, mas nada vem em vão, sempre as coisas vem com um quê de experiências para se aprender, como desafios que tenho que superar. Mas não reclamo. Os desafios, seja os bons ou ruins, são a graça da vida e vamos lá em frente para ver o que acontece.

Estou sendo super bem tratada por todos, fui muito bem recebida e amparada pela família de Marido. Acho que essa vai ser uma bela oportunidade para estreitar as relações entre todos nós nesse momento tão especial (e trabalhoso) e fico feliz de ver que Bira se sente muito bem convivendo novamente com os pais (mesmo eles dando água escondidos para Valentina sem a minha autorização, mas isso é coisa de avós, rsrsrsrs). Para esse período desejo do fundo do coração que ocorra tudo bem, afinal de contas os Carvalho e os Chianca agora são uma família só!

Ps.: A casa dos meus sogros fica em Manaíra, próximo a Pizzaria do Paulista. Para os que pretendem nos fazer uma visitinha liguem para mim ou para Ubiratan que estamos prontos para recebê-los!



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Um corpo estranho...

De fato o corpo da mulher muda após a gravidez e é estranho se ver após o parto. Sempre fui magricela, de barriga batida e se olhar no espelho é engraçado, mas não trágico. Engraçado sim, porque nunca tive vaidade com o corpo. Sempre gostei de maquiagem, roupas, mas nunca simpatizei com a idéia de grandes malhações para tornear as formas.

Acho até bonitinho as gordurinhas caindo do lado e para as que se preocupam com as formas o lance é ficar tranqüila. Apenas 9 dias após a cirurgia minha barriga desinchou 60% do que estava. É fato que a pele ainda está esticada, molenga e com uma cor escura. O útero ainda em processo de retração deixa um bucho embaixo do umbigo bem protuberante, mas que com o uso de uma cinta (forçada pela minha mãe, namorada do meu pai e sogra) pretendo contornar a situação.

Aliás, a cinta merece um comentário à parte. O que ser usar isso? Não consigo compreender como as mulheres da antiguidade usavam aqueles espartilhos. Além de apertar o que já está dolorido, a danada faz um calor enorme, impede de dormir direito, pois aperta os pulmões também, é um saco de tirar na hora do xixi e incomoda infinitamente.

Nas compras no período da gravidez obtive uma número 38, mas que nem em sonho coube sequer em uma perna minha. O jeito foi adiquirir um modelo mais adequado, um número 40, tamanho M. O uso da danada é chatinho, porém é extremamente importante, tanto pela parte estética, quanto pela segurança que dá aos órgãos. Como tudo foi afrouxado e modificado de lugar durante a gestação a tal dá um aperto confortável para se locomover e andar de carro.

 As outras observações do corpo estranho são positivas. Meus quadris ficaram mais largos e fartos, e os seios enormes que nem Pámela Anderson e Sabrina Boing Boing me deixam com inveja de 1/3 do que elas têm! Já o peso (Marido comprou uma balança para que eu pudesse verificar o meu e de Valentina) dos 20kg que ganhei no período já perdi 7kg, e estou agora com 56kg de pura gostosura e que pretendo manter.

Os meus cabelos também estão mais bonitos, menos volumosos, mais brilhantes e comportados. A minha pele (fora as olheiras) também está mais bonita, as espinhas diminuíram consideravelmente...  

Up to desejos...

Depois de longos 9 meses de semi-abstinência sexual as coisas parecem que voltaram ao normal com os hormônios lá de baixo. Aliás, eu diria que voltaram muito bem obrigada! O único problema é que ainda não posso extravasar o tal desejo.

A próxima consulta com a obstetra- ginecologista é quem vai dizer os prazos que tenho (ou melhor, que nós temos) que esperar e como proceder para afastar a possibilidade de uma Valentina Missão 2. Como a cirurgia não tem pontos para tirar tenho que ver bem direitinho como são as coisas, no entanto estou bem preocupada com a tal cirurgia e com o prolongamento dos prazos.

Acho, ou melhor, tenho certeza que andei me excedendo com comidas e não repousando direito (aliás alguém me responde como se repousa depois de parir?) e no banho verifiquei que minha cirurgia estava bem inchada. Minha tia já tinha alertado para a tal coisa, mas logo liguei para a médica e vamos ver no que vai dar.

Espero que com remédios resolva o problema e com um descanso mais profundo, pois NÃO AGUENTO MAIS ESSA SITUAÇÃO de encalhada sexualmente e inválida parcial... ;)    

Olha o pezinhooooo...



Essa semana começamos a maratona com o teste do pezinho. O exame provoca um furinho no pé do bebê e consequentemente dor. Com minha mocinha não foi diferente, chorou, resmungou, mas depois de tudo feito ficou quietinha novamente, como é bem característico dela.

Para nós dois foi difícil ver a primeira “agressão” ao nosso serzinho. Confesso que não segurei ela, quem foi convocado para a triste missão foi Marido, e como costumo fazer quando fico tensa, restou-me o silencio e a cara de assombro.

A enfermeira, prestando atenção no meu bico calado, pediu prontamente para que eu conversasse com Valentina, só assim ela iria se acalmar. Ainda não me acostumei como a minha pessoa pode ser tão benéfica para outra, que com um simples beijo, abraço ou balbuciar de algumas palavras, dores, choros se cessem.

È uma sensação maravilhosa, principalmente para mim que, na grande maioria dos casos, passa a imagem de chata e péssima para muitos, ser o ser mais legal do mundo é muito divertido e enaltecedor! De fato as palavrinhas de “Owww meu amor, não chora, mamãe está aqui”, funcionaram e ela não deu tanto escândalo.

No exame fura-se o calcanhar do pesinho, região altamente vascularizada, com uma agulha não tão longa, mas bem grossa o que provoca a tal dor. A furada é feita com uma pressão beeemmm moderada e com o sangue que sai são preenchidas seis bolinhas em um papel que é enviado para um laboratório de BH. Dependendo da coagulação (rápida ou lenta) o aperto no pé do bebê para sair o sangue é em maior ou menor quantidade. Ainda bem que a do meu bichinho é normal e ela não precisou de tantos apertões. Na verdade a furada é quase indolor, mas para um bebê de apenas sete dias a sensação de dor ainda é muito nova e mal administrada.

Quando a tortura terminou agarrei meu bichinho e só soltei para colocá-la na cadeira de automóvel para retornarmos para casa. O resultado chega daqui a 20 dias e por todas as energias positivas do mundo tudo vai estar OK. As análises feitas pela coleta têm a finalidade de detectar precocemente doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, que poderão causar alterações no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Ela une todas as coisas

O post de hoje vai como música...A princesinha adoooora dormir todas as manhãs ouvindo a Rádio Tabjara no programa de músicas de MPB que vai até as 12h (espero que isso possa um dia me render um emprego por lá! rsrsrsrsrs).

Quando ela estava mamando passou a música de Jorge Vercillo, Ela Une Todas as Coisas, que apesar de não curtir muito o moço, a letra combinou com o momento.

Jorge é um jornalista frustado por formação que se enveredou no mundo da música e ficou famoso pelos hits 'Que nem maré' (A saudade bateu foi que nem maré, quando vem derepente invade transforma e bla bla bla) e 'Monalisa' (Paralisaaaa com seu olhar Monalisaaaaa...). A canção está no oitavo CD do cantor, o 'Todos Somos Um'... ;)

Ela une todas as coisas

Jorge Vercillo

Composição: Jorge Vercillo / Jota Maranhão


Ela une todas as coisas
como eu poderia explicar
um doce mistério de rio
com a transparência de um mar ?

Ela une todas as coisas
quantos elementos vão lá …
sentimento fundo de água
com toda leveza do ar

Ela está em todas as coisas
até no vazio que me dá
quando vejo a tarde cair
e ela não está

Talvez ela saiba de cor
tudo que eu preciso sentir
Pedra preciosa de olhar !

Ela só precisa existir
para me completar
Ela une o mar
com o meu olhar

Ela só precisa existir
pra me completar
Ela une as quatro estações
Une dois caminhos num só

Sempre que eu me vejo perdido
une amigos ao meu redor
Ela está em todas as coisas
até no vazio que me dá
quando vejo a tarde cair
e ela não está

Talvez ela saiba de cor
tudo que eu preciso sentir
Pedra preciosa de olhar !
Ela só precisa existir
para me completar

Ela une o mar
com o meu olhar
Ela só precisa existir
pra me completar

Une o meu viver
com o seu viver
Ela só precisa existir
para me completar

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Pais de primeira viagem- Burrada 1


Primeiro dia com o bebê em casa não é fácil, mas também não aleija...A sensação de incompetência total é geral, mas só com muita calma e vontade de superar as dificuldades é que a coisa funciona. Sou adepta da teoria "Quem teve Mateus que balance" e por isso fomos com a cara e a coragem para a nossa primeira noite sós com a esfomeada Valentina.

Relato que com nós dois foi um verdadeiro caos...Cuidar de um sersinho tão pequeno e que ainda não tem dom da fala desenvolvida (só o do berro, que para mim ainda são todos iguais) é dificil porque é através do método da tentativa do acerto e do errro que funcionam as coisas.

Não dormimos um segundo se quer na noite de estréia. Ela choromingou a noite toda, não quis o berço caríssimo, que foi a primeira aquisição que fiz quando soube da gravidez, não se contentava com o leite, que ainda era pouco, não queria dormir, não queria chupeta, não queria colinho, não NADA! Eu estava exausta por conta da cirurgia e do dia atribulado que é o dia em que saímos da maternidade e chegamos ao ponto de especular um plano de deixar ela chorar até a goela cansar, mas de fato o nosso extinto de pais não deixou (inshalá!).

O bebesão foi se acalmar quando o sol estava aparecendo e quando ele apareceu lá estava ela no ar novamente! A avó materna, Dona Alessandra, chegou logo cedinho e disse "Vocês têm que implantar uma rotina, só assim ela vai ficar mais calma". Ok! Sim senhora...E assim foi bolado o plano infalível!

7h-Tomar banho de sol com o papai (grau 1 de fome)
7h15- Tomar banho com a mamãe (grau 2 de fome)
7h20- Mamar, mamar, mamar e mamar mais um pouco! (grau 3 de fome)
8h- Dormir feito um anjinho...

Com a tal dica foi que consegui fazer ela se manter calma durante todo o outro dia e com a tal experiência aprendi que para manter uma noite de sono regular dos pais:

-não vale o berço (já desmontei e guardei), vale o carrinho! Ela se sente mais confortável e segura.
-fraldas foram feitas para serem trocadas, mesmo sem cocô e no período da madruga...rsrsrsrsrs
- a minha guria é calorenta demais, por isso bem menos roupas para quem mora em solo nordestino, estilo minimalista, calça sem pé e blusinha sem manga (para quem usa ar-condicionado). Durante o dia vale a indumentária blusa+fralda