Quase um mês depois de ter meu bebê e só agora estou curtindo a fase recém-nascida de Valentina. A mudança na rotina de sua vida é total. Primeiro que eu não estava preparada emocionalmente para parir (engraçado dizer isso já que estava com quase 9 meses completos, mas de fato nunca estamos preparadas!), segundo que tínhamos marcado a cirurgia e a danadinha resolveu romper a bolsa antes do prometido causando uma correria sem precedentes não dando tempo para reflexões e respiração para aliviar a tensão. Por fim, lá estava eu no hospital num estilo drive-thru com um bebê nos braços.
Os primeiros 10, 15 dias são difíceis demais. Vontade de pular de um meio-fio ou, como diria uma amiga, de um pé de coentro. Sempre fui aceleradinha e trabalhei até a sexta-feira antes do parto (ela veio no domingo pela manhã) e no sábado ainda dei uma passeada com o Marido por restaurantes e pela praia. Quando o baby veio ao mundo, pronto acabou-se! Tive que desacelerar.
Trancafiada em casa, com dores horríveis pela cirurgia e sozinha com um bebê nos braços. Com o corpo exausto, o psicológico abalado, o cérebro não parava. Sentia falta da minha rotina antiga de vida, do trabalho, dos restaurantes, dos almoços na casa da sogra, das brincadeiras pesadas com meu cachorro, da praia, dos encontros com meu pai e minha mãe, do namoro com o marido, do computador (graças que tive a brilhante idéia do blog dias antes de parir)...
No entanto (para o alívio geral da nação das futuras mamães), passado esse tempinho do terror, as coisas vem se ajustando cada vez mais. Todos se adaptando a nova rotina e aquelas coisas que me faziam falta agora foram ocupadas por uma sensação de prazer enorme de cuidar do meu bebê hasteando uma bandeira branca na nossa relação que vinha sendo de guerra! De fato é muito trabalhoso, mas se não fosse por conta do sono (ou melhor, a ausência dele por no mínimo 5 horas seguidas) poderia dizer que até me sinto de férias de vez em quando!
Hoje já estou mais calma e menos angustiada, por isso, acredito eu, que agora sim vem de vez a sensação de prazer de ter aquele serzinho aos meus cuidados (cheguei a pensar: meu deus cadê a alegria disso aqui? Só é tormento!). Consigo decifrar bem melhor o que meu bebê deseja (com o auxilio do bubú e do Luftal), com as vacinas dadas já podemos sair com ela para a casa dos avós e parentes, caminhar na praia com o sol frio e até ir a restaurantes menos movimentados.
Traduzindo tudo isso: vida social! Isso é que recarrega as minhas energias. Ver gente, sair ao sol, sentir o vento no rosto, conversar, estar entre amigos, e isso substancialmente fez uma diferença qualitativa enorme na relação mãe e bebê. E cá para nós como filha de peixe, peixinha é, Valentina vem mostrando ser igualzinha a mamãe aqui...Adora uma rua, pessoas conversando, casa de vó, passeios de carro e banho de sol...
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