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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Jingles bells

Primeiro Natal do baby e quem ganhou o grande presente foi a mamãe aqui. A data foi extremamente especial esse ano. O primeiro motivo é a própria atriz principal do blog que foi a grande lembrancinha dos pais, avós e tios, e o segundo é que voltou a ter para mim o gosto de “Natal”, que tem haver com o sabor FAMÍLIA. Tão pequenininha e a danadinha já conseguiu unir todos em sua volta e fazer da data uma confortável e doce lembrança.


O Natal para mim significava uma das datas mais legais quando criança. Logo após a separação dos meus pais (que todo mundo sabe que, diga-se de passagem, têm uma relação bem turbulenta) a data perdeu totalmente a cor. A família do meu pai (a mais numerosa e que fazia volume) já não comparecia ao jantar e a festa se resumia a participação da minha mãe, irmã, tia, tio, dois primos, minha avó e no máximo uns três agregados. Claro que tudo tinha seu significado, mas definitivamente não era como antes. Tive que começar a estabelecer divisões de ficar no Natal com minha mãe e passar Ano Novo com meu pai. As datas eram marcadas pela ausência dolorosa tanto de um como do outro pq na verdade o meu maior desejo era estar junto com os dois, mesmo que não fosse no padrão “família feliz”e pais casados.

Logo quando Valentina nasceu fiz um post com uma música, “Ela Une Todas as Coisas”, e por alguma intuição feminina e de mamãe desde a gravidez comecei a acreditar que a minha baby selaria novamente um grande elo entre todos apagando de vez todas esses entreveros na minha família. Ela viria para unir docemente e silenciosamente todos em volta dela reconstruindo ligações afetivas, mesmo que por outros caminhos, tudo isso em nome do amor. 

E não é que desde tão pequenininha a danada conseguiu fazer exatamente isso! Na noite de Natal de 2009, o primeiro Natal da xurupitinha, vi em um sofá de quatro lugares eu, minha, mãe, minha irmã e meu pai sentados ceando e conversando sem aquele clima pesado de “vai sair alguma briga”. Tudo tão natural! Vi até os dois trocando palavras civilizadas, oferecendo pratos e comidas, sem a concorrência e ciumeira da disputa da minha atenção. A danada tem tanto poder que nem precisou estar fisicamente presente(estava dormindo desde as 9h) e mesmo assim fez o milagre da socialização. Assim foi o primeiro Natal da baby. A menina promete!

Ps.: Aproveito também para desejar a todos uma data recheadamente especial como a minha foi! Pelo atropelo do dia não tive condições de ligar e nem de enviar recadinhos para ninguém, mas que aqui fique registrado os meus votos!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Papai passado




Com toda a certeza você já ouviu falar que praga de mãe pega. Seguindo essa linha de raciocínio, se avó é mãe duas vezes então praga de avó é praga duas vezes. Tratando-se que eu tenho uma mãe e duas avós bem vivas a praga que todas essas matronas jogaram em mim dizendo que Valentina viria com um gênio pior do que o meu valeu por cinco! Cinco vezes que eu iria comer fogo na mão de Valentina!

Praga é praga e o baby veio exatamente como o previsto pelas damas da família. Valentina desde a maternidade era a que gritava mais e até as enfermeiras diziam que o nome tinha tudo haver com a personalidade turrona do bebê. Chegando em casa, tirando a primeira semana em que o baby só dorme, já notamos a personalidade fortíssima da xurupita. Com ela não tem conversa, incomodou é grito, pernada, arranhões no rosto, berro alto, daqueles que eu fico até com medo dela tomar choro. Até a minha mãe, que cuidou pacientemente de mim por todos esses anos, disse que nunca viu um bebezinho tão brabo.

Pois é...com toda essa personalidade imaginem que não é difícil Valentina nos deixar constrangidos em público. E para completar a situação as pessoas sempre acham que eu e Tan somos duas criancinhas que tiveram um bebê e colocam logo em prova nossa competência como pais quando vêem o choro da pitchuca!

Essa semana Ubiratan iniciou mais uma vez a rotina de exames do seu problema de coração e fui acompanhá-lo ao médico com a baby. Ela chegou na cadeirinha e logo marcou presença no ambiente chamando atenção de todos pela fofinha que é. Ficou quietinha por muitos minutos seguidos, mas quando a coisa deixou de ser novidade começou o show (e é exatamente aí que entendo a importância de um peito cheio de leite. Ele garante pelo menos bico calado pelo período da mamada).

No entanto, quando Tan saiu de um exame e aguardava o outro deixei o baby com ele para ir ao banheiro. Subi um lance de escada, andei por um corredor, dobrei em vários cantos e mesmo assim de lá comecei a escutar o choro nada delicado da minha filha. Terminei o serviço rapidinho para correr e salvar logo o papai. Discreto que é, Ubiratan estava passado com a situação. Quando adentrei a sala de espera do consultório me deu vontade de cair na gargalhada com a cara que ele fazia e como todos olhavam para ele com semblante de “pai incompetente!”. Até uma mulher disse a mim que já estava se levantando para pega-la porque estava com pena do bebê. Peguei Valentina e tratei logo de vazar do local o mais rápido possível. Encontrei um jardim e foi lá que, com mais coisas novas, ela se distraiu e até dormiu.

Para a gente que é acostumada com as birras dela é fácil saber que aquiiilooo tuuuuudo é só birra, mas para o resto do mundo o choro é choro, e que choro quer dizer dor, que tem relação com tristeza, portanto de criança mal tratada, tadinhaaaa! Hehehehehe...Pois é bem isso gente, não se assustem quando Valentina na presença de vocês der um escândalo desses, com certeza tem a probabilidade de 70% de ser raiva, birra ou alguma coisa do tipo. Prometo que cuidamos muito bem da xurupita! E nessa disputa de gênio ruim quem vai poder mais? A pequena Valentina ou a mamãe aqui? Mas isso são cenas para os próximos capítulos!

Peixe fora d’agua


Com esse calorão todo fomos autorizados pela pediatra dar banho em Valentina quantas vezes achássemos necessário. Pois bem, para a atividade ficar uma coisa mais animada o papito da bebê deu de presente de natal a Valentina uma piscininha bem colorida.

Claaaro que ela amou e nós, como pais de primeira viagem, exageramos nos banhos e o baby acabou ficando cheio de catarro, com o nariz constipado. No dia em que ela gripou minha intuição de mãe (e olha que ela já era um pouco aguçada) dizia que eu não deveria topar aquele banho no jardim de casa...

O dia estava calorento demais, no entanto meio nublado, um abafado insuportável, e perguntei a sogra se não era melhor colocar uma água meio morna. Ela respondeu que não, que estava muito calor, enfim acabei por colocar uma água em temperatura ambiente, mas o baby não reclamou. Brincou satisfeita na piscina e quando fui tira-la deu aquele escândalo de sempre por estar saindo do banho refrescante.

Depois da brincadeira o baby pegou no sono e quando acordou já despertou com o nariz entupido, tossindo e muito enjoadinha. Pois é, o baby é exatamente igual a mim no quesito fragilidade do sistema respiratório e com toda certeza deverá ter todos os ITES dessa região tão delicada. O resultado da brincadeira errada foi a suspensão total dos banhos de piscina e que estamos vivendo mais ou menos uma semana de tumulto no sono do baby que acorda sem ar pq ainda não sabe respirar pela boca.

Ps.: Sabendo bem do gênio do bebesão imaginei que ia ser um escândalo dar nebulização a ela três vezes ao dia. Mas a bixa é tão safadinha que adorou a medicação. Fica lambendo o ventinho gelado que sai do nebulizador e se comporta direitinho passando até uns 10 minutos quietinha. Maaaasss depois...já viu! Abre um berreiro e pronto! Está sacramentado que a paciencia acabou!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O caso do besouro




Há umas três semanas que nos empenhamos em começar a ensinar a Valentina algumas coisinhas fofas que os bebês fazem. A primeira delas foi o besourinho, aquela ação que o bebê treme a boquinha soltando um monte de baba para todo lado. E não é que a danadinha já aprendeu? A moleca só tem dois meses e 13 dias e já desenrolou a tremida nos beicinhos.

Tudo bem que ainda não está perfeito, vamos precisar de mais alguns dias ou semanas nos ensaios, mas foi muito emocionante ver que ela aprendeu e fez questão de mostrar a sua conquista primeiro só para mim. Estava eu na rede com ela, engajadas naquela conversa animadíssima, quando comecei a fazer o besourinho e ela me acompanhou. Chorei de felicidade em ver minha cria mostrando toda orgulhosa o que tinha conquistado! Ela ficou toda animada em ver minha satisfação e quanto mais eu ria mais besourinhos desajeitados saiam da boquinha dela.

De fato é uma sensação maravilhosa. É a concretização de que você é a pessoa responsável pelo desenvolvimento emocional, intelectual, psicológico e motor (e outras cosinhas mais) daquele pequeno ser. Ensinar o besourinho é só uma das “pequenas” ações que nós pais somos e estamos habilitados a fazer em prol de nossas crias...No vai e vem, nos altos e baixos da vida e dos hormônios femininos(pq tem hora que dar vontade de dar um DEL em tudo), sempre tentarei dar o melhor de mim para que o céu seja o limite para meu baby! Que venham as outras conquistas da minha xurupitinha!


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sing babies

È interessante como bebês necessitam da presença da música em suas pequenas vidas. Da hora do sono às brincadeiras e no banho tudo fica mais divertido quando estamos cantarolando alguma coisa para eles. Desde os primeiros dias de vida (ou mesmo dentro do ventre) Valentina sempre foi habituada a escutar músicas e canções feitas especialmente para crianças ou não.

Para se ter uma idéia a presença das canções é tão importante na vida das crianças que na hora do parto a equipe médica já coloca uma musiqueta para a saída do bebê da barriga da mãe. Geralmente, quando o parto é programado, se escolhe uma música do gosto dos pais para ser colocada, mas no meu caso, como o baby foi apressado e veio um dia antes do agendado, colocaram a música disponível (aquela de Regis Danese). Na verdade, não combina nada comigo uma música religiosa, no entanto o momento é tão expressivo que de certa forma toda a letra fez sentido e vez ou outra me pego cantarolando a letra para ela (tudo bem que na hora do parto achava que era um celular tocando de tão dopada que estava).

Também logo no segundo dia de vida o papito do baby levou para a Maternidade o notebook com uma série de músicas selecionadas para ver se conseguíamos acalentá-la. Como eu estava sem leite Valentina estava morrendo de fome e as canções serviram para deixá-la um pouco mais calma e para embalá-la no soninho! Chegando em casa não foi diferente. Valentina todas as manhãs dormia ao som das mais variadas músicas de MPB que passavam em um programa da Rádio Tabajara e cada vez que nos deslocamos de carro o radinho abafa o som caótico do trânsito lá fora (pelo menos fazia até ele ser roubado).

Hoje as canções viraram opção de diversão embaladas pelo balanço da rede e de calmante para as horas do sono (tudo saindo da goela da mamãe aqui). É muito divertido perceber que ela olha fixamente para os lábios se exercitando para a comunicação balbuciando vogais desconexas numa alegria só. Para o momento das brincadeiras vale muita música agitada, engraçada, que sejam cantadas com o uso das mais variadas expressões, sorrisos e gargalhadas para deixar tudo mais interessante. Já para a hora do sono contam as canções leves ou até só o murmurinho das palavras das letras.

E a dica é essa para quem é mãe, pretende ser ou para quem pretende só acalentar seus sobrinhos: preparem-se para adquirir um repertório musical beeeeem vasto, pois vai ser muito útil para a construção de laços com o seu bebê. MPB, músicas infantis, de igreja, forró, sertanejo, brega, marchinha de carnaval, tudo vale! E como as tecnologias nos ajudam muito vale também fazer uma play list de músicas infantis gravar em CD ou deixar rolar no note enquanto o bebê está por perto. Valentina e eu gostamos muito das músicas da Arca de Noé, uma coleção que tem vários volumes com canções sobre bichos e brincadeiras cantadas por grandes nomes da música popular brasileira.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Produção leiteira


Para quem não sabe tenho como uma das técnicas para o baby dormir mais no período da noite a preparação de uma mamadeira de leite artificial que ofereço para Valentina antes dela dormir. O leite também é dado a xurupitinha quando preciso resolver alguma coisa e ficar ausente por muitas horas. Nesse domingo precisei passar o dia fora resolvendo umas coisas da casa e para prestigiar minha pequena irmã em um evento da escola. Meu marido que ficou com a baby acabou lendo as instruções do leite que orienta que com 2 meses o lactante já deve ser alimentado com 120 ml (mamadeira da grande) e duas medidas de leite.
Dada a notícia entrei em paranóia de que meu leite talvez não seja suficiente daqui em diante. Vez ou outra, para não só dar o leite artificial, tiro umas mamadeiras de leite do peito e vejo que em média sai uns 70 a 80ml. Daí surge mil perguntas e que me deixam preocupada! Será que vou chegar até os seis meses com leite suficiente? Será que a produção de leite aumenta de acordo com a necessidade do baby?
Paranóia ou não prefiro respirar fundo e enfiar na cabeça que está tudo bem e que tem leite jorrando da fonte, pois para quem não sabe as glândulas mamárias estão ligadas diretamente ao sistema emocional da mamãe e qualquer perturbação pode influenciar no leitinho. De qualquer forma me tranqüiliza saber que na ultima consulta ela estava dentro de todos os padrões de peso para a idade o que significa que o leite vai bem, assim afirmou a pediatra.
Creio eu também que talvez a indicação de 120 ml também seja porque como o leite artificial é indicado em seis mamadeiras a cada 24h a quantidade deve ser maior para que os períodos fiquem mais espaçados, já que o leite é bem pesado. Penso também que o leite materno o baby pode sugar de pouco em pouco, quantas vezes no dia ele quiser, enchendo a tampa do bucho conforme a necessidade do momento.
Espero que tudo isso seja neurinha de mãe de primeira viagem...vamos ver no que dá e torcer para que o leitinho renda até o sexto mês. Quem tiver dicas ou explicações de alívio fiquem a vontade para comentar!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Picadas e reações adversas...

Dia de aniversário para nós adultos é um dia especial de comemorações, no entanto para os serzinhos creio que não tanto. Nesses dois primeiros meses de vida a cada data completada uma série de infinitas, chatas e doloridas vacinas tem que ser dadas. O dia que era para ser de muito bolo de chocolate, velas, brigadeiros e refris torna-se um tormento!

Hoje foi dia de tomar três doses. Duas de gotinha (que o baby não deu o menor trabalho), a 1ª dose da Poliomielite e a 1ª dose da Haemophilus influenzae, e mais uma injeção na coxa, a famosa e terrível tríplice que imuniza para a Difteria, Tétano e Tosse Convulsa. O esquema foi o mesmo, oferecer o peito antes da picada para causar menos sofrimento no meu bebê.

Até então, desde as primeiras picadas, Valentina nunca havia tido reação nenhuma as vacinas. Ficava somente com a região dolorida por conta da injeção e nada mais. No entanto, a tal da tríplice é batata (assim informou a pediatra)! Umas horinhas depois e o baby arriou em febre e caiu num choro de dor, muita dor. Foi horrível escutar aquilo, quase caí em lágrimas também, mas no meu tom prático logo fui atrás de ligar para médica e saber a fórmula para curar a dor! Cinco gotas de Tilenol e muita compressa de gelo.

Para se ter idéia como a tríplice é carregada a picada deixou  o músculo da perna da xurupitinha rígido como uma pedra e com um edema enorme avermelhado,e além da febre (de 38º) a minha bonequinha estava toda molinha, não quis comer direito, choromingando o tempo todo e querendo colinho

Xurupitinha +2



Chegamos ao 2º mês de vida de Valentina e tudo vai muito bem. O baby está enorme com 57 cm e pesando 5,200 kg (louros para o leite materno), mais do que o dobro do peso em que nasceu, notados pelas dores em nossos braços. O desenvolvimento também continua a mil e a cada dia se apresentam coisas novas, portanto outras permanecem inalteradas como a personalidade forte da gatinha, a raiva em vestir ou tirar roupas, em ser deitada e de lavar os cabelos.  

Particularmente desse período talvez a conquista que mais me encanta é a sinceridade do seu sorriso. È toda a concretização de nossos laços, é o minuto em que tiro meus pés do chão, é a demonstração de sua felicidade e de minha total entrega. Ver aquela boca bangueluda se abrir é uma das melhores sensações que já vivi na vida! Nunca imaginei que tão pouco fosse me fazer tão feliz, tão plena.

Como está cada vez mais sabidinha, ela já reconhece definitivamente quem é pai, mãe e seus outros parentes e como cada um desempenha suas funções e vínculos, sabendo se relacionar com cada um e pedir o que ela sabe que cada pessoa sabe oferecer (por exemplo, não adianta eu fazer com ela as brincadeiras pesadas do pai. O mínimo que ela faz é chorar!).

É impressionante o up que se tem no relacionamento do primeiro mês para cá. Nos primeiros dias me desesperava com cada choro e achava que não ia ser capaz de distinguir jamais o que era fome, o que era dor. No entanto hoje comigo o baby é só encanto! E como isso é gostoso! Ser a pessoa mais querida. O olhar carinhoso que ela me lança a cada vez que me põe em foco desmancha todo o meu cansaço, derruba quarteirão. O choro cessado com um simples afago me deixa ser a mulher-maravilha da minha história, cada choro que desvendo me deixa tão radiante!.

Além dessas conquistas minha xurupitinha neste segundo mês já descobriu suas mãozinhas colocando elas na boca para saborear os seus cinco dedinhos, que vez ou outra entram todos de uma vez. Ela também vem arriscando abrir as mãos fazendo seus experimentos de tatear as coisas ao seu redor (com a ajuda da mamãe aqui), dando uma demonstração de que está abandonando cada vez mais o comportamento de recém-nascida.

As conversas com os bichinhos, bonecas (a que Narinha deu) e com as pessoas são outro capítulo a parte. A boneca gosta e se diverte em abrir o bocão e balbuciar vogais (aaaa, eeee, uuuu) demonstrando que vai ser uma boa conversadeira. Tudo isso é um treino para o desenvolvimento da fala e é encantador vê-la se comunicar além de seus olhos expressivos. Mas não se animem, as horas de conversas são as que ela esta bem humorada e disposta, fora isso o feedback que rola é mesmo o berrão do bom e velho choro!

Outros avanços também são na questão motora do bebesão. Valentina já firma seu pescoço muito bem, fica sentada encostada em travesseiros, em nossas pernas e na rede. Está cada vez mais durinha e já arrisca, quando de bruços, levantar a cabecinha para olhar o mundo e segura a posição por mais de 5 minutos. O baby também acompanha movimentos e sons com cada vez mais rapidez na resposta da reação, vem curtindo cada vez mais o banho e adorando passear e a luz do dia!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A mulher vitruviana





A figura do Vitruvio é um desenho de Leonardo Da Vinci, feito em meados de 1940 e encontrada em seus diários de invenções, onde uma figura masculina desnuda se apresenta separadamente e simultaneamente em duas posições sobrepostas com os braços inscritos num círculo e num quadrado. O famoso rabisco (que você deve ter visto até do Homer Simpson em camisas descoladas) serviu para exemplificar a perfeição das proporções do corpo humano e que se olhando bem no centro, o umbigo do carinha, a figura parece se mexer.

Aulas de Da Vincitismo a parte o que vem me chamando mais atenção nessa figura são exatamente a soma de tantos braços e pernas, uma dupla de cada tipo, pois é exatamente assim que me sinto de vez em quando, como uma vitruviana no sentido figurado da coisa. Cá comigo e pense bem como a mulher moderna (e isso as que são casadas e mães vão entender muito melhor!) tem haver com esse desenho. São tantas as funções que acumulamos desde a queima dos sutiãs que a soma dos membros do vitruvio ficariam poucas para tantas tarefas executadas ao longo do dia.

Com a maternidade esse batente fica bem mais claro. Como estou cuidando de minha Lêle sozinha gostaria que em 75% do meu dia o organizador fosse bem generoso e me fornecesse mais uns pares de membros inferiores e superiores e mais uns dois olhos, para um par relaxar enquanto o outro trabalha. Geralmente a minha ditadora acorda entre as 4h30 e 8h (em ordem do dia ruim ao dia bom) e assim que seus olhinhos se abrem começa o tirinete. Imaginem o que é encher uma banheira de água, enquanto você está com vontade de fazer xixi, o bebê chorando desesperadamente na cama, o leite esquentando no micro-ondas, aproveitando para olhar pelo varal onde está a toalha dela envolvida nesse calor de Jampa? Dá ou não inveja do vitruvio?   

Outra questão também é que com o liberalismo feminino deixamos de ser somente mães e viramos profissionais em busca do sucesso e da realização profissional. Com a volta ao trabalho já imagino que as coisas tendem a chegar a exaustão do ser que aqui vos fala! Sem contabilizar ainda a assistência ao maridão (poupe-me dos detalhes!), ao relacionamento com amigos, família, vida social, tudo isso sem esquecer dos cuidados com a beleza (que tanto eu adoro!) e não deixando de lado a essência do ser feminino.

Concluindo toda essa viajem, Da Vinci foi extremamente sábio em colocar membros em uma figura masculina e não numa mocinha. Exatamente correto, pois nós mulheres nascemos sim com uma capacidade enorme de administrar todas essas funções, muitas com mais habilidade e outras com menos, porém com disposição! É meio que um piloto automático e lá vamos nós...Já ouvi da boca de muitas que a gente só é completamente mulher quando se é mãe. E isso é exatamente, veridicamente, comprovadamente correto! Ser mãe é descobrir o quanto você pode sempre mais e mais, com somente só um par de pernas e dois braços.

Ps.: Sexta-feira, dia 27, tem consulta de 2 meses de vida vamos esperar as novidades do peso do baby (que tá um chumbo) e outras notícias!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Teste do pé e mais uma furada...



Mais de um mês depois e o teste do pezinho chegou. Lógico que abri para ver se estava tudo certo e do alto da minha ignorância pelo que pude ler está tudo na mais perfeita ordem com o baby (OBSERVAÇÕES TESTE DO PEZINHO: NORMAL). O exame afastou a possibilidade de doenças como o hipotiroidismo congênito, hiperplasia e toxoplasmose, além de outras 7 patologias, através de taxas verificadas no sangue recolhido do pé de Valentina quando ela ainda estava com poucos dias de vida.

Ontem também foi dia de mais uma vacina. A picada mais uma vez foi na coxa do baby, mas dessa vez foi menos dolorida (pelo menos aparentemente para mim e Tan) já que a pernoca da xurupita está cada vez mais roliça! A dose é a complementar da Hepatite B que tem mais uma para ser dada em abril de 2010. Para ela não sofrer tanto a tática é empurrar o peitão na boca antes da técnica aplicar a injeção. Ai o chorinho e a dor vão embora logo logo e depois de chegar em casa é só fazer compressas de gelo.

No entanto o baby não está livre da maratona de picadas. Semana que vem, no dia que completa 2 meses, ela vai tomar mais três vacinas, duas furadas e uma gotinha, como presente de aniversário (ô povo ruim). Com tantas furadinhas felizmente até agora a minha torinha não tem tido reação as picadas, menos mal e menos torturante, já que muitos bebês ficam ruins mesmo, com febre, corpo mole. De fato Valentina esbanja saúde e se mostra sempre muito resistente a tudo e a todos!

Para quem deseja ver a atividade do baby e o quanto ela é espertinha gravei um vídeo e coloquei no Youtube de uma conversa para lá de empolgante com a xurupitinha!

domingo, 15 de novembro de 2009

Mamães, deu certo!

Quase uma semana depois de começar com os florais de bach Valentina vem dormindo bem pela manhã, para o alívio geral da nação, além de ficar sem problemas para cochilar na rede ou no berço. Ela ainda está mais calminha, não chorando tanto, e também voltou a ficar de boa na cadeirinha, no carrinho e na cama por muitos minutos seguidos sem choromingar.

Hoje consegui que ela acordasse somente de 20 para as 9h da manhã (depois de ter acordado as 4h cheia de cocô), depois do banho e da mamada as 9h30 mais um cochilo de cerca de 1h (que pude tomar banho, escovar os dentes e até fazer uma pranchinha no cabelo!) e no período da tarde uma soneca de 2h seguidas o que me rendeu uma volta no shopping para comprar um short (já que nenhum antigo me serve mais pq aumentei de número!).

Pretendo ficar dando o remedinho até que a médica suspenda o uso ou que troque para outra fórmula, mas como o floral também auxilia nas dores de gases e cólicas não tem problema do uso prolongado.Ela dormindo bem é um ponto positivo para mim e para ela, ela descansa e eu também!

sábado, 14 de novembro de 2009

Pé no mundo...

Estou imensamente feliz de ter feito o primeiro passeio construtivo do meu baby. Desde que ela nasceu apenas fizemos a rota de casas de parentes, passada rápida em uma lanchonete e o caminho de médicos e de laboratórios (o que é bem entediante, diga-se de passagem).

Fomos hoje com ela a Estação Ciência. O lugar é bem legal pois é calmo, com gente na medida certa circulando, aberto e arejado, já que a pediatra aconselhou até que tome todas as principais vacinas. Levamos a nossa gatinha confortavelmente no colo do pai no macaquinho que compramos essa semana na tentativa de aliviar nossos bracinhos do peso do baby que está cada vez mais gordo.

Como uma boa rueira ela adorou. Pudemos apresentar um pouquinho do mundo ao nosso bebê, ver o pôr-do-sol, passear por uma exposição sobre Aviação e Santos Dumont, curtir um show musical e ver umas bancas de venda de artesanato. E ela lá pendurada com aqueles olhos lindos arregalados querendo engolir de uma só vez as cores do mundo de novidades que surgia diante dela! Que sensação deve ser a de ver as coisas pela primeira vez. Sentir o vento frio que vem do mar, os cheiros de perfume de outras pessoas e até uma simples lâmpada fluorescente.

O passeio me fez extremamente bem (ou melhor, a todos nós) e cada passo que dava relembrava com um saudosismo cool os tempos de minha infância onde meus pais, quando ainda casados e quando éramos uma família tradicional de pai+mãe+filho, me levavam para fazer esses passeios construtivos e recheados de muita cultura. Foi bom perceber que tenho um parceiro que dá valor as mesmas filosofias que as minhas (como se eu já não soubesse), que se diverte com essas programações família esquisita e que os pontos positivos da educação que meus pais me deram estou repassando para o meu serzinho.

Ps.: Fiquei chateada só com uma coisa. Na correria por sair de casa esqueci a câmera fotográfica e quando tentei tirar uma foto do momento do meu MP10 a iluminação estava horrível e não rolou...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Santos Florais de Bach

Ainda na saga do sono do tetéu Valentina marquei uma consulta com uma homeopata para ver se encontrávamos uma solução para meu tormento (e para o dela também). Da consulta, que analisa bem o perfil do paciente, ela receitou, além da camomila, um floral que auxilia em casos de insônia e dor, as únicas duas coisas que poderiam estar acontecendo e interrompendo o sono matinal do baby.

Os Florais de Bach foram criados por um médico inglês nos anos 30 e são 38 essências de plantas e florais que podem ajudar a administrar as questões emocionais do dia-a-dia. Cada floral é indicado a uma emoção específica sendo totalmente natural a sua composição. Pode ser tomando individualmente ou misturado de acordo com o que estiver sentindo e para Velentina foi receitada o Cidreira que deve ser dado de 1h em 1h, além de 10 gotinhas pingadas na água da banheira em cada banho.

Quando era criança fui tratada por minha mãe com homeopatia e até uma grave pneumonia ela conseguiu curar com os remédios naturais sem o auxilio dos alopáticos. Talvez por isso eu tenha tanta resistência a remédios, como foi o caso do Luftal, e acredite tanto nos efeitos benéficos dos florais. Se não cura, mal também não faz.

Comecei a ministrar o remedinho já a três dias e de alguma forma a xurupita está mais calminha, não chorando tanto como estava de costume, mas ainda não atuou para que ela conseguisse dormir por mais de 30 minutos de forma relaxada. Então vamos lá, torçam por mim para que as gotinhas funcionem!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

“Bebezinho vai dormir que eu tenho o que fazer”


 
Vou começar pedindo desculpas pela minha ausência nesses longos dias sem nenhum post  aos meus leitores mais assíduos, mas me entendam. Tem uma causa nobre: a rainha e soberana Valentina! Pois é gente agora meu tempo anda bem curto (curtíssimo eu diria) e de semana passada para cá andei bem cansada e bastante estressada.
O meu bixinho, que dormia muito bem obrigada, vem me tirando de tempo e virando um tetéu. Passa os dias desperta e a noite tem acordado cerca de três vezes, levantando para a vida novamente às 5h da manhã (ou seria madrugada?). Nessa brincadeirinha passo o dia na ativa, pescando de vez em quando, com os olhos vermelhos, e durmo a noite não mais que 4h ou breves cochilos de 30 ou 15 minutos.
 Imaginem meu calvário viver a vida sem uma boa cochilada? Quem era eu que adorava proclamar que um dos maiores prazeres da vida era o sono (primeiro do que comer e fazer sexo!) agora tolhida pela baby ditadora do meu planeta mãe lifes. Um travesseiro da Nasa, um lençol de 180 fios, um colchão anatômico e um ventinho agradável de um ventilador ou ar, e tudo certo já!
Por conta de tudo isso quase perco meu juízo e pensei até na possibilidade de contratar já uma babá. Eu que vinha tão calma e paciente cheguei a pensar várias formas de fazer ela dormir por miseras 2h seguidas. Uns goles de uísque, chá de camomila, balanço de rede, passeio de carro, jogar pela janela...epa! jogar pela janela não pooode! (KKKKkkkkkKKKK)...
Na verdade o quadro não é tão desesperador assim (sou brasileiro e não desisto nunca!). A guria até dorme, na condição que eu durma junto. O que não é todo e mal assim, já que o que protesto é sono, no entanto preciso fazer outras coisas no dia quando não estou com ela como tomar banho, comer, beber água, escovar os dentes, pentear os cabelos, escrever uns posts, assim, essas coisas básicas!
A mãe de Tan tem me saído uma ótima professora. Na casa dela Valentina de Jesus embala sonos de (pasmem!) até 4h seguidas. Então lá fui eu no domingo com o baby nos braços desvendar todas as técnicas da vovó. Colocar o neném no colo, balançar na rede, cantar algumas coisas, depois colocar na rede, balançar um pouquinho e pronto! Lá se foi ela, arriou!
Anotado no meu clbloquinho de jornalista tudo isso foi feito igualzinho aqui em minha residência no outro dia. Segui o passo-a-passo de Nevinha, mas não deu muito certo. O baby de fato caiu no sono, resmungou quano tirei dos meu s braços e por fim acordou uns 30 minutos depois alegre e saltitante, bem disposta e corada.
Lógico que fiquei frustrada (se isso não funcionou o que funcionaria?), mas pensei que menos mal que ela não exija a minha presença na hora de fazer caquinha, ou uma coisa mais nojenta e tal. Vai ver que minha xurupita quer compartilhar com a mamãe um dos momentos de maior prazer da vida ou até mesmo um recado: "Mamãe durma que eu sou rojão".
Então, sem mais conversas, Valentina conseguiu me vencer mais uma vez. Deitei-me na rede, agarrei aquela fofura, dei um peitinho bem gostoso só para acalmar os ânimos e tiramos uma longa soneca de 3h juntinhas. Se é para o bem da humanidade, se é assim que ela deseja, estarei eu dormindo das 9h as 11h e das 15h as 17h every day.


terça-feira, 3 de novembro de 2009

Bambanho...



Quando fui dar o primeiro banho de Valentina (na manhã seguinte ao dia que ela chegou da maternidade) já tinha sido alertada que recém-nascidos ficavam um pouco assustados com o rito do asseio. Imaginava que o choro no banho viraria prazer em poucos dias e meu baby ia brincar na banheira como os bebês das propagandas da Johnson.
Negativo! Todos os dias era uma lamúria, choros e berros do começo ao fim do banho. Cheguei até a imaginar que não levava jeito para a coisa (de fato era meio desajeitada) e que por isso ela não sentia prazer. Ficava também decepcionada. Como tomar um banho de água morna em uma banheira pode ser algo tão estressante quando tudo o que eu mais queria era estar no lugar dela?
O fato é que babies muito novinhos não gostam de banho. Aliás, sentem-se inseguros pela imensidão da banheira e por só estarem agarrados a uma simples mão. Outro fato também é que como tudo é desconhecido para o serzinho o banho se tornando um hábito deixa de ser uma coisa desconhecida e desconfortável passando a dar lugar ao prazer.
Cerca de um mês depois de banhos e mais banhos os choros de Valentina foram cessando. Fui percebendo as posições que ela mais gosta de ficar (de barriga para a banheira), de como gosta de ser tocada, que tem que esquentar o sabonete líquido com a mão antes de passar no corpinho dela e de que como ainda continua não gostando de lavar a cabeleira (já que tal ação exige que o bebê esteja de costas para a banheira para que a água escorra para trás e não para o rostinho).
Como tuuuudo no cuidado com o pequeno serzinho basta ter paciência, empenho, determinação e fazer a experiência do banho virar um momento de prazer o mais rápido possível. Vale também acariciar e conversar com o bebê durante o banho. O banho é mais um momento de troca entre a mãe e o filho e é extremamente gratificante (se não fosse a dor na coluna pela posição ingrata) pegar seu baby fresquinho e encher de cheirinhos depois da limpeza completa.  

sábado, 31 de outubro de 2009

Planos para um futuro...



Já me pego pensando vez ou outra que futuro terá minha filha, ou melhor, qual o mundo de amanhã que a aguarda. Desastres naturais, como vai estar nosso país daqui a 20 anos, emprego, saúde e educação, como andará a violência e qual o nível de interferência e as novidades ainda maiores que as tecnologias causarão na vidinha das pessoas.

Nunca fui das mais otimistas quanto aos dias que virão no nosso planeta terra. Com avisos de estudiosos sobre o clima nada ou mesmo pouco se anda fazendo para pelo menos estagnar o processo de aquecimento global e as agressões ao meio-ambiente (ela mesma já lança cerca de 10 fraldas descartáveis todos os dias). Já para as estatísticas da economia do nosso país as previsões são mais animadoras, um país em crescimento imagina-se que venham dias melhores por aí.

O crescimento da violência indiscriminada é alarmante e particularmente é o que mais me assusta. É um peso muito grande quando começamos a analisar que a responsabilidade é só sua de ter colocado aquele serzinho no mundo e principalmente que você é o responsável por repassar valores morais. A idéia de que a liberdade da minha filha de ir e vir livremente será tolhida por mundo doido me dá arrepios!

No entanto, em meio a esse pessimismo filosófico, essa semana, enquanto amamentava meu baby, aproveitei o tempo do ócio criativo e li uma matéria sobre a história de uma carioca, moradora de um dos morros mais violentos do Rio, que tem dedicado a sua vida a fazer o bem e retirar crianças do universo das drogas. Flordelis já adotou 37 crianças (e tem mais três filhos biológicos) e já conseguiu tirar dezenas de jovens e crianças condenadas pelo tráfico da mira de revolveres de bandidos e traficantes oferecendo sua própria vida em troca.

A linda historia dessa mulher (que virou filme) passa pelos buracos mais nojentos da sociedade: casos de agressão a crianças (uma das crianças foi encontrada no lixo e outra teve as perninhas quebradas pelo pai drogado), o mundo perverso das drogas, a maldade humana. O relato comovente me fez refletir muito e mesmo com toda a tristeza (confesso que quase chorei) vendo ações como essas vêm uma gota de pensamento que para o mundo existe sim uma chance enquanto figuras como essa existirem.

Nunca mais me esqueço de umas palavras que um amigo me disse enquanto discutíamos essa tal responsabilidade de colocar um filho em um mundo cada vez mais louco. Ele me disse que a nossa contribuição era exatamente essa, repassar valores de amor, justiça, compromisso com o ambiente que se vive que só assim espalharíamos as nossas sementes, formando uma corrente do bem e assim quem sabe mudar aos poucos o mundo.

Não sei se minha xurupitinha vai ser uma Flordelis, porque ser assim também é um dom divino, mas estou disposta a repassar o que tenho de melhor e ensiná-la a ser um ser humano cheio de princípios ajudando o planeta a ser um cantinho pelo menos habitável de se viver.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Filha de cigana, ciganinha é...


Com apenas um mês e dois dias de vida meu baby mais uma vez mudou-se de residência. Agora estamos de mala e cuia na casa de minha mãe para passarmos uma temporada até o termino da nossa casa e por fim fixar raízes em um lugar For Ever (assim creio eu). Conseguimos fechar negocio e pegamos em dinheiro vivo o valor do apê o que nos rendeu grana o suficiente para contratar uma empresa para finalizar o nosso sonho de morar em terra firme e perto do mato.
Para falar a verdade isso tudo de mil mudanças é cansativo, porém muito divertido. É nada monótono ficar para lá e para cá (principalmente nesse período de licença que você mal pode sair de casa), começar novamente nova rotina, se adaptar as mudanças, cheia de malas espalhadas pelo chão, aquele caos produtivo. No entanto, como meu primo sempre falou, filhos devem se adaptar a rotina dos pais e não os pais a rotina deles, então que ela comece a aprender isso desde pitoquinho com toda essa bagunça (meio que um tratamento de choque)!
Eu e Bira (como um casal jovem) temos uma vida particularmente andarilha entre as casas de nossos pais e uma vida social cheia de compromissos. Almoço na casa de um, jantar na casa doutro, festinha na casa de amigos, uma saída para um restaurante, um café da manhã em um banco de padaria...Sei que com um filho muita coisa muda e claro que vamos ter que nos adaptar a ela também, mas o nosso ritmo de vida é bem esse, bem corridinho, bem tempos modernos.
Até agora não vi frescurinha por parte de Valentina e o serzinho tão pequenininho já mostra que entendeu bem o espírito da coisa e que tem uma personalidade bem parecida com a dos pais malucos. Tendo as coisinhas dela (carrinho, chupeta e lençóis cheirosos), fraldas limpas e bucho cheio (isso é o mais importante) meu bebê vai até a Marte em um pau de arara feliz e saltitante explorando tudo com aqueles olhos grandes e vivos.
Para os que ainda estão devendo a visita ao baby mais fofo do mundo fiquem sabendo que já estamos por aqui e ficamos até mais ou menos meados de janeiro de 2010. A casa de mainha é aquela velha residência no Treze de Maio (ponto central) com aquele velho sino como campainha. Estamos de portas abertas para receber todos, porque todas as visitas nos fazem super bem.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Valentina na TV

Quando estava com quase 9 meses quase completos fui (aliás, fomos) personagem de uma matéra sobre gestantes e musculação para o programa Mulher Demais da TV Correio, afiliada da Rede Record na Paraíba. A matéria foi exibida ontem, no aniversário do baby, e eis aqui o link para que todos possam assistir!

http://www.portalcorreio.com.br/mulherdemais/matler.asp?newsId=105954

Xurupitinha 1+...




Chegamos ontem, dia 27, a um mês de vida do meu bebê. Que fantástico é acompanhar esse crescimento, principalmente da cumplicidade entre todos. Valentina e eu já estamos bem de boa (de vez em quando bota um olhão atrás de mim, a coisa mais linda!) e ela já começou a tecer sua teia afetiva com muitos da família. Já é louca pelos avós (ao ponto de ficar muito a vontade sem a minha presença por uma tarde inteira), adora o colo da tia Bruna, fica na paz com as cantigas da avô Alessandra, recebe os afagos doidos da prima Sofia e por aí vai!
O meu bichinho continua crescendo e da consulta pelo aniversário de um mês o presente fui eu quem recebi (ela ganhou um bolinho de chocolate da tia, mas certamente não comeu, tadinha). Na verdade dois. Um pela boa notícia que está tudo muito bem com a saúde da xurupitinha ao ponto de ter para dar e vender (chegamos aos 4, 050 kg e 53 cm) e um elogio feito pela pediatra de que sou uma mãesona duca...
No entanto, a consulta de aniversário foi particularmente especial também pela presença da minha mãe que revelou a médica estar muito surpresa com meu desempenho como tal figura materna! Ela falou que ficou de cara com toda minha serenidade já que há um ano o meu discurso era que não ia casar (e casei porque fui forçada pela família, hehehehe) e que para ela ter netos iria ter que esperar pela outra filha.
Na verdade (isso vem como um desabafo positivo) sei bem que surpreendi muita gente e acho muita graça nisso. Pelo meu jeito descolado, rude, desligado, muitos (ou a torcida inteira do flamengo) juravam que a combinação Érica plus Mãe não ia surtir bons efeitos. A coisa era tão braba que ouvi do meu pai, amigas e do meu maridinho coisas como: “Ainda não consigo ver Érica mãe”; “Ela mãe? Realmente não falta ver mais nada nessa vida!”; “Não imagino você sentada amamentando nosso bebê”...
Pois é gentem desculpas por ter colocado abaixo todas as divagações, mas uma das minhas fortes qualidades é a capacidade de surpreender, e surpreender sempre! É o basicão da minha personalidade que tem muito haver com o poder da persistência, de seguir em frente com garra, porque ser mãe é muito isso também, ser forte e ter disposição para as coisas novas da vida que com um bebê nos braços se apresentam a cada 10 segundos!
Mesmo com um relacionamento já estável com o paipai de Valentina quando recebi o resultado positivo de gravidez os planos não tinham mudado, no entanto a situação deveria ser tratada de frente, sem melodramas e como uma coisa positiva. Jamais pensei: “Que merda fiz”...Assumi o papel de mãe e ele pintei com as minhas e melhores cores. O resultado de toda essa brincadeira é isso: um baby lindo, super ativo, cheia de saúde e muito amada por todos.

Feliz Aniversário bebê lindo da mamãe!!!


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Sintonizando vibrações...





Quase um mês depois de ter meu bebê e só agora estou curtindo a fase recém-nascida de Valentina. A mudança na rotina de sua vida é total. Primeiro que eu não estava preparada emocionalmente para parir (engraçado dizer isso já que estava com quase 9 meses completos, mas de fato nunca estamos preparadas!), segundo que tínhamos marcado a cirurgia e a danadinha resolveu romper a bolsa antes do prometido causando uma correria sem precedentes não dando tempo para reflexões e respiração para aliviar a tensão. Por fim, lá estava eu no hospital num estilo drive-thru com um bebê nos braços.

Os primeiros 10, 15 dias são difíceis demais. Vontade de pular de um meio-fio ou, como diria uma amiga, de um pé de coentro. Sempre fui aceleradinha e trabalhei até a sexta-feira antes do parto (ela veio no domingo pela manhã) e no sábado ainda dei uma passeada com o Marido por restaurantes e pela praia. Quando o baby veio ao mundo, pronto acabou-se! Tive que desacelerar.

Trancafiada em casa, com dores horríveis pela cirurgia e sozinha com um bebê nos braços. Com o corpo exausto, o psicológico abalado, o cérebro não parava. Sentia falta da minha rotina antiga de vida, do trabalho, dos restaurantes, dos almoços na casa da sogra, das brincadeiras pesadas com meu cachorro, da praia, dos encontros com meu pai e minha mãe, do namoro com o marido, do computador (graças que tive a brilhante idéia do blog dias antes de parir)...

No entanto (para o alívio geral da nação das futuras mamães), passado esse tempinho do terror, as coisas vem se ajustando cada vez mais. Todos se adaptando a nova rotina e aquelas coisas que me faziam falta agora foram ocupadas por uma sensação de prazer enorme de cuidar do meu bebê hasteando uma bandeira branca na nossa relação que vinha sendo de guerra! De fato é muito trabalhoso, mas se não fosse por conta do sono (ou melhor, a ausência dele por no mínimo 5 horas seguidas) poderia dizer que até me sinto de férias de vez em quando!

Hoje já estou mais calma e menos angustiada, por isso, acredito eu, que agora sim vem de vez a sensação de prazer de ter aquele serzinho aos meus cuidados (cheguei a pensar: meu deus cadê a alegria disso aqui? Só é tormento!). Consigo decifrar bem melhor o que meu bebê deseja (com o auxilio do bubú e do Luftal), com as vacinas dadas já podemos sair com ela para a casa dos avós e parentes, caminhar na praia com o sol frio e até ir a restaurantes menos movimentados.

Traduzindo tudo isso: vida social! Isso é que recarrega as minhas energias. Ver gente, sair ao sol, sentir o vento no rosto, conversar, estar entre amigos, e isso substancialmente fez uma diferença qualitativa enorme na relação mãe e bebê. E cá para nós como filha de peixe, peixinha é, Valentina vem mostrando ser igualzinha a mamãe aqui...Adora uma rua, pessoas conversando, casa de vó, passeios de carro e banho de sol...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Meu paipai...


De fato as meninas da década de 80 não foram criadas para serem mães (pelo menos as do meu circulo de amizades) e do alto da minha juventude transviada a idéia caberia bem diante de uma produção independente, caso não encontrasse o parceiro ideal, muito depois dos 30 e com a carreira profissional no topo. Pois é, do alto da minha juventude porque hoje não mais!

Venho propagando o discurso de que ter filhos é para quem quer muito e principalmente para quem tem um pai igualmente disposto a enfrentar o babado. Na nossa cultura a mulher sempre enfrentou muitas barras, o machismo imperativo, e “liberadas” dessas condições o que eu vejo é que estamos pegando o caminho reverso e encarando algumas posturas muito duras em relação a figura masculina e a importância dela em nossas vidas, como é o papel de pai.

A mídia por muitas vezes afirma essa posição de uma imagem da mulher moderna associada a produção independente e eu mesma tinha em minha mente maluca o devaneio de uma possível estratégia ser auto-suficiente, ser o que eu quisesse. Na verdade a natureza criou o homem e a mulher para serem complementos (tanto que se encaixam um no outro), exemplificado pela cultura chinesa com o yin e o yang (aquele símbolo do hang-loose), que significa a dualidade, o equilíbrio entre o masculino e o feminino.

Desde quando soube que estava grávida os pensamentos de como essa parceria equilibrada entre homem X mulher (pai X mãe) cada vez mais fizeram sentido. A figura masculina se tornou tão essencial para aquele momento que hoje declaro que não teria forças para enfrentar tudo aquilo (e isso de hoje) solamente sola. Pense bem, desde a concepção (que é bem mais gostosa quando feita a dois do que em laboratório) a figura é básica e essencial, como ter camiseta branca no guarda-roupa, calça jeans ou um vestido preto estilo tubinho.

O apoio do meu querido foi muito importante e vem sendo até o momento. Na gravidez, quando a mulher entra com a parte física da coisa (carregar o bebe por nove meses) o homem entra com a parte puramente emocional de apoio. Era ela quem segurava meus cabelos nos momentos de enjôo com uma cara aperriada no espelho do banheiro, era ele quem vivia em restaurantes satisfazendo meus desejos, ele quem acordava às 4h da madrugada para fazer um cuscuz com ovo para matar a minha fome, que colocava travesseiros para me aconchegar com aquela barrigona enorme!

Por isso tudo meninas produção independente para mim é mito! O bom mesmo é tentar esse equilíbrio entre ser sim uma mulher moderna, mas reservando o que há de mais sagrado na mulher que é a docilidade dividindo todos os momentos com um companheiro igualmente disposto a viver a mais pura e doce aventura de ter um filho!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Picadas...

Com 22 dias de nascida e meu bebê levou hoje a primeira da série infinita de vacinas. Na verdade foram duas, uma no bracinho e outra na coxa. A vacinação é feita na rede pública (pelo menos essas duas) e desde semana passada perambulávamos atrás de um local que desse as tais. Pois é, um baby tão novinho e já sujeito ao descaso da saúde pública do nosso glorioso Brasil.

Em um dos postos, o Lactário da Torre, simplesmente a técnica de enfermagem não tinha ido trabalhar (vale ressaltar que era uma sexta a tarde) e no PSF do Bessa por conta de uma falta de energia todas as vacinas tinham sido estragadas e não foram repostas nos bancos. Resultado, uma vacina que era para ser dada nos primeiros dias de vida do neném foi dada depois de três semanas de nascida.

Conseguimos atendimento na Unidade das Praias, em Manaíra, e, apesar da demora no atendimento, fomos bem recebidos pela técnica e por todos os funcionários do local. Ela explicou tudo direitinho, como deveríamos segurar a baby, deu um livrinho que agora é a nova carteirinha de vacinação e aplicou a injeção (que no braço é subcutânea e na coxa vai quase até o osso da perninha) de forma segura e tranqüila ao modo que Valentina nem chorou muito.

Quanto ao ato em si reagi de forma racional (mais uma vez!). Sei que o procedimento é inevitável e que é para o bem da minha filha, por isso não titubeei e fui com garra com Valentina nos meus braços para a picada. Achei engraçado que muitas mães não entram se quer na sala e outras nem vão, mandam a mãe ou a sogra com o pai. Podem dizer que fui fria, mas ser fria pra mim é não está ali com o seu filho em seus braços para acalentá-lo em uma horinha tão difícil para ele.

Geralmente as vacinas dão algum tipo de reação, mas ela não teve nada aparentemente, só ficou um pouco molinha, dormiu bastante, reclamou da dor chata das picadas, mas nada que um bom dia de peito não cure não! A próxima vacina é para o dia 19 de novembro... Tadinha!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Crianças, computadores e bicicletas...


Primeira visita de Valentina a pediatra e eu estava muito ansiosa. Na verdade tudo me causava nervosismo. Aquele ambiente que eu sabia que estaria abarrotado de crianças correndo para todo o lado, mães conversando sobre coisas que, pelo menos até o momento, não me interessam, aquele ambiente social happy que quem me conhece bem sabe que me provoca pavores!!! Para essa situação vale a máxima do meu querido pai: “Não gosto de crianças, só dos meus filhos”...rsrsrsrsrs...

Sim, o ambiente foi esse mesmo. Bebês choromingando (inclusive Valentina) e crianças mais velhinhas correndo e por muitas vezes esbarrando em mim, nas minhas coisas e eu distribuindo sorrisos amarelos para todos. Alguns ficaram enlouquecidos querendo tocar em Valentina e até na hora da troca de fraldas estava cheio de crianças em cima de mim futucando a minha cria. Resultado: logo tratei de me amufumbar em uma sala isolada com meu baby e com meu marido igualmente anti-social. Na verdade, na verdade, acho que essa primeira experiência causou medo pela novidade, estávamos realmente assustados.

Mas tiveram coisas engraçadas. Acreditam que até uma criança bulímica eu conheci? A guria comeu loucamente um saco de batatas, danoninho, suco em caixinha, e quando vi lá estava ela colocando o dedo na goela. “Yasminzinha sempre quando come faz isso”, disse a mãe toda tranquila...Gente, ela precisa de um psicólogo urgente!!! Foi cômico se não fosse trágico!!

Outra coisa que achei interessante é que supunha que médicos pediatras tinham mais respeito com os pacientes pelo motivo de serem crianças e bebezinhos muito pequenos e tal. Engano total. A médica foi chegar com um atraso de 2h30 e quando cheguei fui colocada como 7º lugar! Esperamos a tarde toda e fomos sair só por volta das 17h da tarde.

Já na consulta com Valentina está tuuuudo bem. A danadinha está beirando os 4kg e cresceu 3 cm. Ficamos sabendo também que os choros (aqueles choros que tanto vinham me agoniando) são gases porque o meu mamífero ainda é muito novinho e não sabe controlar a gulodice e fica mamando sem parar e acaba engolindo muito vento, o que causa os tais gases. O bucho fica cheio de vento, porém com pouco leite e logo a fome vem, por isso os choros.

Recebemos elogios pelas caras calmas e a pediatra disse que estamos cumprindo bem com as nossas funções de pais, que palpites e comentários devem ser relevados. Pois é para quem só entendia de computadores e Ubiratan de bicicletas cuidar de um pequeno serzinho não tem sido tão complicado assim (mentira, mentira...KKKKkkkKKK)!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Slingando...



Do arsenal de coisas e coisinhas que comprei para Valentina um dos itens foi o Baby Sling. O apetrecho consiste em uma faixa de pano (100% algodão ou malha) que tem em uma das pontas duas argolas que depois de amarradas e ajustadas levam o bebê dentro como uma cestinha, só que colada ao corpo da mãe.
O tal saquinho, que vem conquistando adeptos em todo o mundo e já virou febre entre papais e mamães do mundo ocidental, nada mais é que uma versão moderna de como tribos africanas e outras sociedades “mais primitivas” carregam seus babies para enfrentar o dia-a-dia da lida, que para eles não para.
Conheci o Sling  através de duas amigas que confortavelmente carregam seus bebês por todo o lado com a tal faixa e hoje resolvi testar o meu. De forma meio que desajeitada fiquei por longos minutos matutando como deveria colocar aquilo (joguei o manual de instruções fora...) e quando ela adormeceu peguei em meus braços e fiz o teste drive.
Ela choromingou no começo ( porque estava dormindo no berço e eu mexi com ela), depois ficou tranquilona, mesmo que meio desajeitada na faixa, pois não sei ao certo se a forma que amarrei era a correta, acho que coloquei do lado errado. Certo ou errado o fato é que Valentina tirou uma boa sonequinha, aliviando a minha barra para escrever esse post! Mas o mais legal do Sling é a possibilidade da mãe está colada com o seu bebê e ter mobilidade para se locomover, com as mãos livres. Adorei!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Choros e choromingos...


Quase 20 dias de nascida e começo agora a reconhecer alguns chorinhos do meu baby. É lógico que o entrosamento entre mãe, filha e papai ainda não está 100%, mas aos poucos estamos conseguindo descodificar as mensagens via choro (e que choro companheiros!).
Passamos três dias infernais essa semana. Mudamos de casa (para que eu pudesse me recuperar melhor da cirurgia, que estava doendo muito), após a demolição de três casas vizinhas a que estávamos voltamos para o nosso apê por conta do barulho e da poeira, mala vai, mala vem. Assim foram esses dias, muito estresse e uma mãe para lá de ansiosa! Resultado: bebê nervoso, pouco leite e para complementar a dose muitas cólicas na pequena barriguinha.
No quesito das dores Valentina choromingou quase dois dias seguidos. Gente, santa incompetência a nossa! A criaturinha berrava, não queria nada e só se calava quando ficava exausta e adormecia. E eu na ignorância dos pais de primeira viagem tacava peito para cima e assim ela agarrava com uma força, fazendo do bico um ato compensatório para aliviar a dor. ( Ainda estou naquela de achar que meu bebê é um etíope e que tudo que ela quer na vida é peito!).
Após a constatação que a barriguinha estava mesmo fazendo uns barulhos estranhos, uma ligação para a pediatra e uma visita da avó materna descobrimos que aquele choro (aquele mesmo, rasgado e forte, que estica e se contorce toda) é mesmo de dor e agonia! A médica mandou dar umas gotinhas de um remédio próprio para gases e ensinou que compressas de fralda esquentadas no ferro de passar aliviam a barriguinha.
Como não gosto de utilizar remédios, a não ser em casos de últimas conseqüências, apelei para colocar o serzinho de bumbum para cima, confortavelmente no nosso travesseiro da Nasa, enquanto papai passava as fraldas, mamãe e vovó faziam massagens e colocavam a compressa.
Não é que deu certo? Após alguns minutos meu anjinho estava dormindo, calma e tranquilamente. Eu fiquei o ser mais feliz do mundo (com uns pensamentos de como sou incompetente de vez em quando e um choro de desabafo, para não desacostumar!) e nossa bebê cochilou até acordar e dar aquela mamada toda satisfeita.
Saindo do choro das cólicas e gases, passamos para o choro que  achamos que deve ser manha ou mesmo de querer ser confortada. O choro vem e quando pegamos ela em nossos braços ele vai. Ai vem de novo e mudamos de posição, e ele vai embora.
Lendo uma matéria especial da Veja sobre recém-nascidos não podemos desconsiderar nenhum choro (e isso eu já fazia), mas se, no entanto tudo está OK, faldas limpas, temperatura agradável, bucho cheio, o que resta é a birra, as vontades e o espaço do colinho. 
Para tal, recebi um recado no meu Orkut (que é por onde as pessoas mais comentam o blog) de uma amiga que se compadeceu com minha situação de desespero. Ela me encaminhou uma matéria sobre um método revolucionário de como acalentar recém-nascidos desenvolvido por um pediatra americano. Assisti bem direitinho e pretendo colocar o passo-a-passo em prática logo logo na tentativa de ser uma mãe cada vez mais descolada e assertiva!
Ps.: Obrigada a todos que estão virtualmente me acompanhando e prestando suas contribuições! Mas ainda escrevo um post dizendo que sei decifrar da A a Z os choros de Valentina. Eu prometo! Rsrsrssrsrs...

sábado, 10 de outubro de 2009

Mudança de estratégia...



Desde quando meu baby nasceu não fui muito com a idéia de que ela usasse chupetas, mas mesmo assim, prevenida que sou, tratei de comprar dois exemplares: um verde e um lilás de um modelo feito especialmente para recém-nascidos. As chupetas para essa fase do baby são bem pequenininhas, se encaixam bem na boca e possuem furos de respiração (apesar de achar o bico muito avantajado).

Sou uma herdeira desse legado de bicos de plástico (chupei até os sete anos) e creio que isso pode ser a causa de alguns problemas respiratórios (especialmente o céu da boca que é muito fundo) e outros na arcada dentária (sim, fiz uso de aparelhos!). No entanto, o uso da chupeta é (como em todas as coisas sobre bebês) controverso por especialistas, médicos, mães, avós e etc. Uns dizem que não é bom, que atrapalha na mamada, outros dizem que não faz mal e que pode ser usado sem restrições para acalmar a criança. Não sabendo em qual corrente me engajar apelei para o bom senso mais uma vez.

Esse finalzinho de semana venho notado minha guria especialmente agitada e chorona, irritada, resmungona. Eliminadas as possibilidades de cólicas, gases, fome e calor, nada fazia o choro cessar, nem os balanços, as caminhadas e os carinhos. Não sabendo mais o que fazer (confesso a incompetência!) apelei para o apetrecho, que claro cumpriu com a sua função.

Valentina se acalmou e por vezes até dormiu com o consolo na boca. Mas notei que no primeiro dia que ela fez o uso do bubú quando dei o peito ela demorou a pegar, como se estivesse estranhando alguma coisa. Desespero total e baixei prontamente uma ordem que chupeta até ela ficar mais velhinha não mais! Porém hoje mais uma vez ela insiste em ficar nervosa e tive que me curvar aquele ser verde de bico de plástico.

Partindo para a análise da situação acho que ela vem ficando nervosa por conta da mudança de casa e de rotina (é difícil estabelecer uma rotina como o bebê e depois alterá-la). Como já tratei em outros posts vim para a casa da minha sogra para poder ficar descansando por conta da cirurgia e a baby notou toda essa alteração, e diria que vem notando a minha angústia em não estar no meu canto como tanto gosto.

Acostumada com o silêncio da minha casa, com a rotina só de papai e mamãe, aqui a casa é quente, tem barulhos infernais de obra o tempo todo e muita gente circulando, além de vovó e vovô terem entrado para o time de colinhos disponíveis. Então, para passarmos essa fase, e que entre mortos e feridos salvem-se todos, chupeta neles,claro com bom senso e nas horas exatas!!!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Alô som testando...


Na maratona de primeiros cuidados com o bebê levamos o nosso para fazer o Teste da Orelhinha hoje, dia 08 de outubro. Para os desavisados o teste nada tem haver com furadas e agulhas, como é o Teste do Pezinho.

A avaliação é feita através de um aparelho que emite alguns sons e ruídos com um pequeno fone que é colocado na orelha do baby. Tudo é indolor e Valentina estava até dormindo na hora e assim permaneceu até chegar na esquina de casa (de lascar!).

Como ela está apenas com 12 dias de nascida a fonaudióloga explicou que as respostas dela ao estimulo foram baixas, mas dentro do normal, porém pediu para que voltássemos daqui a 15 dias para que o laudo fosse fornecido com mais validade. O que atrapalhou na avaliação do teste foram algumas secreções, restos do parto, que ainda não foram expelidos pelo ouvido, o que deve acontecer em breve.

Como mãe descabelada que já sou, bateu logo a preocupação, mas a fono disse que tudo está bem e que é só uma questão de ter certeza e fornecer um resultado mais completo e seguro. Ufas!!!

Enfim, a finalidade do tal teste é a avaliação da audição em recém nascidos, indicada por instituições do mundo todo para diagnóstico precoce de perda auditiva, uma vez que sua incidência, na população geral, é de 1 a 2 casos por 1000 nascidos vivos. Ou seja, o troço é importante, de baixo custo, porém na rede pública de saúde do nosso distinto país ainda não temos, o que poderia afastar de tantas crianças defeitos simples de serem corrigidos.

Já para os bebês que apresentam alguma disfunção é indicado um exame mais avançado, o BERA (esse o baby tem que estar dormindo e não pode se mexer) que vai apresentar o laudo final e conclusivo da intervenção necessária. Com o laudo pode-se fazer o transplante e corrigir com mais eficácia o defeito na infância.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Tchau seu umbigo...

Com 11 dias de nascida Valentina já passou pelo primeiro teste de maturidade. Agora sim é um bebê de vergonha que posso cheirar a barriguinha sem aquela coisa estranha bem no meio atrapalhando. A tal queda do coto umbilical (na linguagem médica) se deu no banho matinal de hoje, dia 07 de outubro de 2009, as 7h! Quando estava tirando a fralda aquela coisa veio junto e caiu no chão do banheiro, e todo mundo comemorou! Uma gracinha!

Guardei o apetrecho para que possamos jogá-lo em cima do telhado da nossa casa nova ou enterrá-lo no quintal. Superstição (e olha que são muitas quando se tem um bebê) ou não, acho que certas coisas fazem sentido pelo menos pela graça e pelo ritual. No dito popular o umbigo traz boa sorte, mas para mim é um símbolo do que foi a minha linha de ligação de vida com Valentina durante o período em que ela estava dentro de mim.

O que restou lá na região ainda precisa ser cuidado da mesma maneira, colocando álcool 70% com um cotonete 3 vezes ao dia até que fique sarado.

Repouso forçado e mudança de lar...


A boa notícia é que fui para a consulta com a obstetra e não havia nada de errado com a cirurgia, apenas um edema no entorno por conta do inchaço do procedimento cirúrgico e dos apertos da cinta. A cicatriz está sequinha sem sinais de infecção (que a médica verificou com umas espremidas beeem doloridas) o que foi um alívio para mim e demais membros da família.
                                              
Mesmo com tudo OK, fui convencida por minha mãe e minha sogra que deveríamos (Eu, Bira e a cria) nos mudarmos para a casa dos pais de Marido. Sempre gostei dos meus cantos, das coisas do meu jeito, da rotina estabelecida por mim, mas a mudança seria uma coisa inevitável de qualquer forma já que estamos com a venda do nosso apê praticamente fechada para que possamos terminarmos a nossa casa e já que é para ser assim que seja logo, o quanto antes.

De certa forma foi uma coisa boa. Ficando aqui não tenho como me remexer muito, fazer estripulias, porque literalmente estou como uma princesa enclausurada na torre do castelo. Fico no 1º andar da casa o tempo todo, do quarto para a sala, do banheiro para o escritório e essencialmente dedicada aos cuidados com Valentina.

Aprendi que na vida tudo vem para mim com muito esforço, apesar de ter muita sorte, mas nada vem em vão, sempre as coisas vem com um quê de experiências para se aprender, como desafios que tenho que superar. Mas não reclamo. Os desafios, seja os bons ou ruins, são a graça da vida e vamos lá em frente para ver o que acontece.

Estou sendo super bem tratada por todos, fui muito bem recebida e amparada pela família de Marido. Acho que essa vai ser uma bela oportunidade para estreitar as relações entre todos nós nesse momento tão especial (e trabalhoso) e fico feliz de ver que Bira se sente muito bem convivendo novamente com os pais (mesmo eles dando água escondidos para Valentina sem a minha autorização, mas isso é coisa de avós, rsrsrsrs). Para esse período desejo do fundo do coração que ocorra tudo bem, afinal de contas os Carvalho e os Chianca agora são uma família só!

Ps.: A casa dos meus sogros fica em Manaíra, próximo a Pizzaria do Paulista. Para os que pretendem nos fazer uma visitinha liguem para mim ou para Ubiratan que estamos prontos para recebê-los!